A estudante Laís Coelho, de 18 anos, que estudou em escola pública foi aprovada em engenharia aeroespacial na Universidade de Brasília.

Imagem de capa para Estudante autista e TDAH é aprovada em engenharia aeroespacial na UnB
Laís mora no Maranhão e vai mudar para Brasíila para estudar e cuidar da avó Foto: Arquivo Pessoal

A estudante Laís Coelho, de 18 anos, que estudou em escola pública foi aprovada em engenharia aeroespacial na Universidade de Brasília.

A jovem que é brasiliense e portadora do Portadora do transtorno do espectro autista (TEA) e do transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) passou em sétimo lugar no Processo Seletivo de Avaliação Seriada (PAS) para o curso de engenharia aeroespacial, estudando praticamente sozinha.

Ela conta que frequentou apenas dois meses de cursinho para encarar a terceira etapa do processo, quando viveu episódios de preconceito e exclusão de colegas e professores.

Dificuldades

Apesar de ter nascido na capital do país, Laís mora há 10 anos em São Luis do Maranhão cuida agora quer cuidar da avó Dóris, de 83, que tem a saúde debilitada e, para complementar a minguada aposentadoria, vende dindim na porta de uma escola do Guará, região administrativa do Distrito Federal.

“Meu objetivo sempre foi ingressar na Universidade de Brasília (UnB) para ficar perto da minha avó e dos meus primos”, diz a adolescente, revelando que passou “anos a fio” fazendo artesanato para juntar dinheiro e ter condições de voltar pra casa.

Escola Pública

Laís foi aprovada no PAS no sistema de cotas de estudante de escola pública e fez  ensino médio no Instituto Federal do Maranhão e conta que optou por engenharia aeroespacial por se sentir atraída pela grade curricular e a matemática. “Me pareceu uma coisa bem divertida para trabalhar”, disse.

Ao saber que foi aprovada, lembra, sentiu um misto de alegria e desespero.

“Tinha acabado de acordar. Fiquei muito agitada, na dúvida se era um sonhou ou realidade. Daí o sistema caiu e só depois que voltou me certifiquei que era tudo real”, conta.

Filha de funcionário público e de ativista cultural, a jovem lembra ainda os momentos difíceis que viveu em sua trajetória de estudante, por ser uma pessoa com deficiência.

“Tenho hiperatividade como comorbidade do autismo e sempre tive limitações. É muito difícil prestar atenção nas aulas. No cursinho tive crises e tanto os colegas como professores não souberam lidar com a situação.

É importante que as pessoas reflitam, entendam que é importante a inserção, o compartilhamento”, diz.

Com informações do Correio Braziliense

Espalhe notícia boa

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui