Brasil lança plano de IA que vai melhorar educação, SUS e gerar empregos

O Brasil agora conta com o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (IA) anunciado pelo governo para por em prática ações de inovação, capacitação e melhoria dos serviços públicos. As medidas foram divulgadas na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília.

A proposta é investir R$ 23,03 bilhões em ações, que se unem a medidas que já estão em execução e, outras que serão implementadas até 2028. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e especialistas participaram da cerimônia de entrega do plano.

O Plano Brasileiro de IA definiu cinco eixos de ação: Infraestrutura e Desenvolvimento de IA; Difusão, Formação e Capacitação; IA para Melhoria dos Serviços Públicos; IA para Inovação Empresarial; Apoio ao Processo Regulatório e de Governança da IA.

Debates e discussões

Depois de três de debates e meses de discussão para elaboração do plano, os especialistas definiram os eixos de atividades e também as prioridades.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) informou que o plano tem entre seus objetivos promover o desenvolvimento tecnológico nacional e promover a “liderança global” do Brasil na área de Inteligência Artificial.

O destaque é o funcionamento de um supercomputador no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ). Chamado de Santos Dumont estará disponível para pesquisadores e empresas.

Supercomputador Santos Dumont

O supercomputador Santos Dumont (SDumont) foi comprado da empresa francesa ATOS/BULL e está em Petrópolis (RJ), atuando como nó central (Tier-0) do Sistema Nacional de Processamento de Alto Desempenho (SINAPAD).

O Santos Dumont tem capacidade instalada de processamento na ordem de 5,1 Petaflop/s (5,1 x 1015 float-point operations per second), apresentando uma configuração híbrida de nós computacionais, no que se refere à arquitetura de processamento paralelo disponível.

No sistema do supercomputador, há 36.472 núcleos de CPU, distribuídos em 1.134 nós computacionais, dos quais são compostos, na sua maioria, exclusivamente por CPUs com arquitetura multi-core.

Investimentos até 2028

De acordo com o governo, serão investidos R$ 23,03 bilhões. A principal fonte de recursos vem de créditos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, no valor de R$ 12,72 bilhões, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Há ainda recursos não-reembolsáveis do FNDCT, no valor de R$ 5,57 bilhões, do Orçamento da União, no total de R$ 2,90 bilhões, do setor privado, no valor de R$ 1,06 bilhões, além de empresas estatais, que repassarão R$ 430 milhões, e outras fontes, que totalizam R$ 360 milhões.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação informou que, com esses investimentos, os investimentos públicos do Brasil no setor se equiparam aos da União Europeia, de acordo com a Agência Brasil e Sdumont.

O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (IA) será desenvolvido por cientistas. Em Petrópolis (RJ), será utilizado o supercomputador Santos Dumont . Foto: MOOV