Estudo do IBGE revela as cidades com maior capacidade de decisão pública e empresarial no país, com destaque para centros administrativos e geração de empregos

Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro ocupam as três primeiras posições no ranking das cidades mais influentes do Brasil, segundo a pesquisa Gestão do Território 2024, divulgada nesta quarta-feira (26) pelo IBGE. O levantamento analisa a influência dos municípios tanto na gestão pública quanto empresarial, identificando os principais centros de decisão que impactam o restante do país.

A pesquisa avalia a quantidade de empresas com sede e filiais espalhadas por outros municípios, bem como a presença de instituições públicas federais e estaduais, como Receita Federal, INSS, Justiça e secretarias de Educação e Saúde.

Gestão empresarial

Na liderança da influência empresarial está São Paulo, seguida por Rio de Janeiro e Brasília. O IBGE considerou o número de empresas com sede em cada cidade e quantas dessas mantêm filiais em outras localidades. O ranking das 10 cidades com maior força empresarial inclui:

  1. São Paulo (SP)

  2. Rio de Janeiro (RJ)

  3. Brasília (DF)

  4. Belo Horizonte (MG)

  5. Curitiba (PR)

  6. Porto Alegre (RS)

  7. Fortaleza (CE)

  8. Campinas (SP)

  9. Barueri (SP)

  10. Recife (PE)

Um exemplo citado é o banco Bradesco, sediado em Osasco (SP), cujas decisões influenciam operações em todo o país.

Geração de empregos

A pesquisa também avaliou o número de assalariados que trabalham em filiais fora da cidade-sede. As empresas de São Paulo lideram com mais de 1,8 milhão de empregados em outras cidades, seguidas por:

  • Rio de Janeiro: 486.696

  • Brasília: 315.047

  • Belo Horizonte: 261.371

  • Barueri: 197.356

Apesar da liderança, Brasília e Rio registraram queda no número de empregos em filiais, enquanto cidades como Itajaí (SC) apresentaram crescimento expressivo — com aumento de 79,8% —, impulsionado pelo setor portuário e industrial.

Gestão pública

No âmbito da gestão pública, Brasília ocupa o primeiro lugar absoluto, por sediar a maior parte das instituições federais do país. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro, São Paulo e Recife, com presença significativa de órgãos públicos. A pesquisa organizou os municípios em três níveis hierárquicos:

  • 1º nível: Brasília (DF)

  • 2º nível: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Recife (PE)

  • 3º nível: Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Belém (PA), Florianópolis (SC)

Influência combinada: gestão de território

Ao integrar os dados de gestão empresarial e pública, o IBGE criou um ranking geral das cidades mais influentes no território brasileiro. As mais destacadas foram:

  • 1º patamar: São Paulo (SP), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ)

  • 2º patamar: Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Goiânia (GO), Campinas (SP), Belém (PA)

O estudo aponta um reforço mútuo entre gestão pública e privada: centros administrativos atraem empresas, enquanto grandes centros empresariais demandam serviços públicos — fortalecendo a centralidade dessas cidades.

“A constelação de instituições públicas em Brasília atrai empresas que ofertam bens e serviços. Já os polos empresariais concentram renda e população, o que exige atuação do Estado”, conclui o IBGE.

Números da pesquisa:

  • 113 mil empresas multilocalizadas

  • 340 mil filiais distribuídas em 99,9% dos municípios

  • 2.176 cidades identificadas como centros de gestão (39,1% do total de municípios)

  • Principais ramos empresariais: transporte rodoviário de cargas e comércio varejista de vestuário

Fonte: Agência Brasil / De: Pedro Gomes

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