Atendimento especializado ajuda pacientes a evitar crises graves e a conviver melhor com a condição
Espirros, coceiras, olhos irritados e até falta de ar: sintomas comuns, mas que podem sinalizar algo mais sério. Nesta terça-feira (8), é celebrado o Dia Mundial da Alergia — uma data que busca alertar a população sobre o crescimento dos casos e reforçar a importância do diagnóstico e do tratamento precoce.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 35% da população mundial já convive com algum tipo de alergia, e a previsão é de que, até 2050, esse número chegue à metade da população global.
No Brasil, as alergias respiratórias e alimentares lideram os diagnósticos, mas não são as únicas. Reações a medicamentos, cosméticos e metais também são frequentes. Segundo o alergologista Vítor Pinheiro, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), o organismo reage de forma exagerada a substâncias inofensivas, como poeira, ácaros e determinados alimentos — entre eles leite, ovo, trigo, castanhas, crustáceos e amendoim.
Ambientes secos e urbanos, como o Distrito Federal, agravam os casos, especialmente no outono e inverno. “A baixa umidade, aliada à poluição e ao acúmulo de poeira, intensifica os sintomas respiratórios”, explica o especialista.
Sintomas e cuidados
Rinite, asma e dermatite atópica são manifestações comuns, mas as reações alérgicas podem evoluir para quadros mais graves, incluindo inflamações crônicas, inchaços ou placas na pele. Por isso, é fundamental procurar atendimento médico quando os sintomas são recorrentes.
Eunice Maria da Marta, de 69 anos, sabe bem o que é isso. Moradora de uma cidade entre Bahia e Goiás, ela convive com alergia respiratória desde 1998 e só encontrou alívio após iniciar o tratamento no Hospital de Base do DF. Após testes, foi diagnosticada com alergia a poeira, ácaros e barata.
“Depois que comecei a tomar vacinas e remédios, minha vida mudou. Não tenho mais crises de asma ou tosse. Hoje, sigo meu acompanhamento regularmente com o doutor Vítor Pinheiro”, conta a aposentada.
Inverno exige mais atenção
Durante o inverno, aumenta o número de atendimentos por problemas respiratórios. O ar seco, a permanência em ambientes fechados e a circulação de vírus contribuem para o agravamento de quadros alérgicos. Medidas simples, como manter o ambiente limpo, arejado e livre de poeira, ajudam a evitar crises.
O tratamento depende do tipo e da gravidade da alergia. A orientação médica é fundamental, especialmente em casos de alergia medicamentosa, em que é necessário substituir o fármaco. Além dos antialérgicos, a imunoterapia (vacinas) é indicada para fortalecer o sistema imunológico.
“Muitas pessoas acham que é frescura, mas não é. Alergias podem ser perigosas. A conscientização é parte do tratamento”, reforça o Dr. Vítor.
De: Redação / Fonte: Agência Brasília