Estudantes participarão da competição nesta sexta (16); edição passada teve recorde de medalhas e engajamento crescente
Nesta sexta-feira (16), mais de 6 mil estudantes da rede pública do Distrito Federal entram em órbita com a 28ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Com um número recorde de inscritos — 6.075 alunos de 55 escolas, incluindo os Colégios Militares — a participação do DF reforça o crescente interesse pelas ciências espaciais entre os jovens da capital.
Em 2024, os resultados já foram impressionantes: 94 alunos conquistaram medalhas, sendo 30 de ouro, 35 de prata e 29 de bronze. A competição, organizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), abrange estudantes do ensino fundamental ao médio.
Segundo a subsecretária de Educação Básica da SEE-DF, Iêdes Soares Braga, a OBA representa uma porta de entrada para o universo científico. “É mais do que uma competição; é uma jornada que estimula descobertas e promove o conhecimento de forma lúdica e colaborativa”, afirmou.
O presidente da SAB, Helio Jaques Rocha Pinto, destaca o impacto educacional da olimpíada: “A astronomia inspira a criatividade dos jovens e serve de ponte para o aprendizado de outras áreas científicas. A OBA tem sido fundamental para revelar novos talentos.”
Destaque da rede pública: CEF Polivalente
Reconhecido por sua tradição em olimpíadas científicas, o Centro de Ensino Fundamental (CEF) Polivalente foi a escola pública com maior número de medalhas de ouro na edição de 2024. A preparação dos alunos para a prova inclui orientações específicas em sala, revisões de provas anteriores e apoio personalizado dos professores.
A diretora Áurea Satomi Sone explica: “Preparamos cada turma com apoio dos professores de ciências. Mostramos o gabarito anterior e explicamos como preencher corretamente a prova. Nosso objetivo é deixar os alunos confiantes.”
O professor Edenicio Brito Santana, premiado com a Medalha de Honra ao Mestre, destaca a dedicação mesmo com os desafios logísticos. “Muitos alunos moram longe, mas buscamos oferecer revisões no contraturno e acesso a materiais online.”
Inspiração e futuro
O interesse dos alunos vai além da sala de aula. Jorge Stanzioni Costa, aluno do 9º ano, conta como a paixão pela astronomia cresceu. “Mesmo doente com dengue, fui fazer a prova no ano passado. Sempre gostei de estudar astronomia, assistir vídeos e jogar sobre o tema.”
Outro jovem motivado é Leonardo Ferreira Leiria da Silva, também do 9º ano. “Quero ser físico e estudar em uma grande universidade. As olimpíadas são um caminho para isso.”
Dicas para a prova
Veteranos da OBA deixam conselhos para os novatos. Betânia Cristina Januário recomenda: “Não se desespere. Tem muito conteúdo bom no YouTube. A prova não é difícil se você estudar.” Já Bruna Silva Borba aconselha a revisão contínua dos conteúdos desde o início da trajetória escolar.
O exemplo do CEF Polivalente mostra como o envolvimento em olimpíadas científicas pode transformar a rotina escolar, criando uma cultura de dedicação, curiosidade e amizade entre estudantes com sonhos grandes e olhos voltados para as estrelas.
De: Redação / Fonte: Agência Brasília / Foto: André Amendoeira/SEEDF