Programa da rede pública atende gratuitamente mais de 4 mil estudantes em 22 unidades, promovendo inclusão e desenvolvimento desde os primeiros anos

Com atendimento especializado e gratuito, o Programa de Educação Precoce (PEP), da Secretaria de Educação do Distrito Federal, tem transformado a realidade de milhares de famílias. Criado em 1987, o projeto atende atualmente mais de 4 mil crianças com até 3 anos e 11 meses, que apresentam atrasos no desenvolvimento ou possuem necessidades educacionais específicas. A iniciativa está presente em 22 unidades escolares, distribuídas em todas as regionais de ensino do DF.

Entre os casos de sucesso está o das gêmeas siamesas Lis e Mel, separadas por cirurgia em 2019 na rede pública. Inseridas no PEP aos 18 meses, as meninas evoluíram significativamente com o acompanhamento. “Elas estavam começando a andar, e o programa contribuiu tanto para o desenvolvimento motor quanto para a fala. Hoje já estão alfabetizadas e cursando o ensino fundamental”, comemora a mãe, Camilla Vieira, farmacêutica.

O atendimento ocorre de forma presencial, com encontros semanais que estimulam desenvolvimento motor, cognitivo, sensorial, linguístico e socioafetivo. O suporte é realizado por professores de pedagogia e educação física adaptada, e as estratégias são compartilhadas com os responsáveis, garantindo a continuidade das ações em casa.

A subsecretária de Educação Inclusiva e Integral, Vera Lúcia Ribeiro de Barros, destaca a importância da atuação conjunta com as famílias:

“Temos um compromisso histórico com a inclusão desde a primeira infância. A Educação Precoce é uma ponte para o desenvolvimento e a cidadania.”

No CEI 04 de Taguatinga, por exemplo, 219 crianças são atendidas regularmente. A diretora Sabrina Marques Oliveira explica que o programa acolhe desde crianças com deficiência até aquelas em situação de risco social. “O trabalho é construído com base nas necessidades individuais e se fortalece com o envolvimento das famílias. Isso potencializa os resultados e prepara os alunos para o ensino regular”, afirma.

A professora Karolina Bandeira, mãe de cinco filhos, relata os avanços dos pequenos Samuel, Ana e Maria, inseridos no programa. Maria, que nasceu prematura e tem paralisia cerebral, surpreendeu com ganhos motores e de atenção logo nas primeiras sessões. “A estimulação precoce é essencial. É um trabalho que exige continuidade em casa, e nós nos envolvemos com muito amor nesse processo”, diz.

A coordenadora do programa no CEI 04, Deise Arruda, reforça que a neuroplasticidade nos primeiros anos de vida é a chave para bons resultados. “Quanto mais cedo a criança é acolhida, mais chances tem de superar limitações. Vemos avanços incríveis em pouco tempo.”

Como participar do programa:
📌 O ingresso no PEP exige encaminhamento médico. Após isso, os pais ou responsáveis devem procurar uma das escolas da rede pública que oferecem a modalidade.
👶 As crianças podem permanecer no programa até completarem 4 anos, sendo depois encaminhadas à educação infantil regular ou ao ensino especial, conforme a necessidade.


Confira algumas unidades com o Programa de Educação Precoce no DF:

  • Taguatinga: CEI 04, CEI 07

  • Ceilândia: EC 68, CEE 01, CEE 02

  • Plano Piloto: CEI 01, CEE 02, CEEDV (Deficientes Visuais)

  • Sobradinho, Paranoá, Gama, Samambaia, Guará, São Sebastião, Santa Maria, Recanto das Emas, entre outras.

📝 Matrículas: Abertas durante todo o ano letivo
📍 Mais informações: Procure a regional de ensino ou unidade participante mais próxima

De: Redação / Fonte: Agência Brasília / Foto: Joel Rodrigues

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