Santa Maria, Ceilândia, Gama, Planaltina e Taguatinga concentram a maioria dos atendimentos; programa tem zero feminicídios desde sua criação

Criado em 2018, o Programa Viva Flor, da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), vem se consolidando como uma das mais eficazes ferramentas de proteção à mulher. Atualmente, 941 mulheres com medidas protetivas de urgência (MPU) estão sendo monitoradas no DF, sem o registro de nenhum caso de feminicídio entre as participantes desde o início do programa.

As regiões de Santa Maria, Ceilândia, Gama, Planaltina e Taguatinga concentram mais da metade das atendidas, sendo a faixa etária predominante entre 30 e 59 anos.

No início, o programa funcionava por meio de um aplicativo instalado no celular da vítima. A partir de 2021, passou a contar também com um dispositivo eletrônico semelhante a um celular. Hoje, as mulheres com MPU têm à disposição ambas as opções, reforçando a agilidade no atendimento e a prevenção à violência.

Desde a criação do Viva Flor, nenhuma mulher assistida pelo programa foi vítima de feminicídio, o que mostra a efetividade da ferramenta”, afirma o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. Ele destaca a constante evolução do sistema, que incorpora novas tecnologias para garantir socorro imediato em situações de risco.

Avanço e confiança

O número de mulheres protegidas vem crescendo a cada ano. Em:

  • 2021, eram 74 atendidas

  • 2022, 101

  • 2023, o número saltou para 511

  • 2024, foram 774 novas inclusões

  • Em 2025, nos três primeiros meses, já são 124 mulheres a mais no programa

Para a subsecretária de Prevenção à Criminalidade, Regilene Siqueira, o Viva Flor é exemplo de política pública inovadora. “Fortalece a confiança das mulheres no sistema de proteção, rompe ciclos de violência e reafirma um compromisso inegociável com a vida”, afirmou.

Como funciona

Por meio de um toque no aplicativo ou no dispositivo eletrônico, a mulher pode acionar imediatamente a Polícia Militar, que recebe o alerta via Ciob (Centro Integrado de Operações de Brasília) ou Copom (Centro de Operações da PMDF). O sistema inclui o Copom Mulher, criado para oferecer suporte especializado.

“O atendimento do Copom Mulher garante acolhimento e resposta rápida. Mas é fundamental que a vítima registre ocorrência na delegacia para que o processo de proteção se inicie”, explica a major Rozeneide Santos, subchefe do Copom.

Além disso, a tecnologia permite o georreferenciamento da vítima, agilizando o deslocamento da polícia e aumentando a eficácia do atendimento.

Inclusão e integração

A inserção no programa pode ser feita por decisão judicial ou por ato administrativo do delegado, graças a uma portaria conjunta entre SSP-DF, PMDF e PCDF. Essa alternativa reduz o tempo de resposta e permite uma proteção mais ágil em casos graves.

“O Viva Flor é fundamental em situações de risco, como descumprimento de medidas protetivas ou tentativa de feminicídio. Ele representa uma ação integrada entre o sistema de Justiça e as forças de segurança, priorizando a vida das mulheres”, afirma a delegada Adriana Romana, titular da Deam I.

Fonte: Agência Brasília / De: Pedro Gomes

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