Documento da Secretaria de Educação revela avanços no comportamento, atenção e engajamento dos estudantes após medida

A Lei nº 15.100/2025, que proíbe o uso de celulares e aparelhos eletrônicos por estudantes em escolas públicas e privadas do Distrito Federal, foi bem recebida pela maioria dos profissionais da educação básica. Segundo relatório divulgado pela Secretaria de Educação do DF (SEEDF), 85% dos educadores entrevistados apontam impactos positivos após a implementação da medida, sendo que 45% relatam melhoria significativa e 40% identificam avanços parciais.

A pesquisa foi conduzida pela Subsecretaria de Educação Básica (Subeb) e envolveu docentes, gestores e outros profissionais de todas as coordenações regionais de ensino (CREs) do DF. O levantamento está disponível no site oficial da SEEDF e busca compreender os reflexos da nova legislação no ambiente escolar, especialmente no comportamento, engajamento e nas relações interpessoais entre os estudantes.

“A rede pública do DF acolheu a lei com responsabilidade e protagonismo pedagógico. O resultado do questionário aplicado indica percepções claras de melhora na atenção, no comportamento e no engajamento dos alunos”, afirmou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

Além dos ganhos observados em sala de aula, a pesquisa revela efeitos positivos na convivência social. Para 46,7% dos profissionais, a restrição ao uso de celulares fortaleceu o convívio interpessoal, favorecendo o diálogo e a interação presencial nos momentos coletivos, como recreios e atividades em grupo. Outros 36,3% notaram contribuições parciais, mas ainda assim relevantes.

No Centro Educacional Incra 8, por exemplo, foram instalados pontos de leitura e jogos de tabuleiro nos espaços anteriormente usados para o uso de celulares, demonstrando como a medida pode abrir novas possibilidades pedagógicas.

A subsecretária Iêdes Braga destacou que a Secretaria continuará monitorando os impactos da lei e investindo em formações com foco em saúde emocional, protagonismo juvenil e uso consciente das tecnologias. “A escuta institucional mostra que estamos no caminho certo, mas precisamos continuar dialogando com famílias e estudantes para consolidar os avanços”, pontuou.

O relatório também apresenta ações promovidas pelas escolas para informar e orientar as famílias, além de apontar como a proibição pode estimular a criatividade e a autonomia dos estudantes em momentos de lazer. A expectativa da SEEDF é que os dados contribuam para o aprimoramento das práticas pedagógicas e o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes.

 

De: Redação/ Fonte: Agência Brasília / Fotos: Lúcio Bernardo Jr.

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