Fernanda Montenegro e mais artistas pedem regulação dos serviços de streaming

Cineastas reforçam campanha nacional por políticas que valorizem a produção audiovisual brasileira

Ícone da dramaturgia nacional, Fernanda Montenegro usou suas redes sociais nesta sexta-feira (9) para reforçar um apelo pela regulação dos serviços de streaming no Brasil. A manifestação integra uma mobilização nacional liderada por artistas, cineastas e produtores que defendem uma legislação que garanta mais espaço e valorização para o conteúdo audiovisual brasileiro nas plataformas digitais.

Outros nomes de peso, como Malu Mader, Mateus Solano e Paulo Betti, também aderiram ao movimento, organizado pela União da Indústria Audiovisual Brasileira. A campanha tem como objetivo pressionar o Congresso Nacional a aprovar um marco regulatório que estabeleça cotas para produções nacionais e a cobrança de uma taxa de contribuição ao setor.

“É fundamental a construção de uma política industrial cinematográfica nossa. Com autonomia. Brasileira. Temos que nos proteger”, escreveu Fernanda Montenegro em sua conta no Instagram.

A proposta em discussão prevê uma taxa de 6% sobre a receita das plataformas de streaming no país, além da obrigatoriedade de cotas mínimas de conteúdo nacional no catálogo das empresas. A medida visa fortalecer a produção local, garantir diversidade cultural e assegurar que a indústria audiovisual brasileira continue a se desenvolver com protagonismo.

“Existimos culturalmente, artisticamente. Nossa cultura tem uma assinatura própria”, acrescenta Fernanda, que destaca a importância de seguir o exemplo de outras nações que já adotaram políticas semelhantes para proteger seus mercados internos. “É preciso fazer aqui o que outras grandes nações já realizaram como forma de estimular sua indústria: a regulação do streaming.”

A mobilização amplia o debate sobre o papel das plataformas de streaming no ecossistema audiovisual, especialmente diante da crescente internacionalização dos conteúdos. Para os artistas, é essencial que o Brasil tenha mecanismos de estímulo à produção independente, regionalizada e plural.

De: Redação / Fonte: Jovemnerd / Foto: (Globoplay/Reprodução)