Um novo turno diário de trabalho foi criado até as 22h para acelerar os serviços. Com a iniciativa, mais 200 operários são contratados

Para acelerar ainda mais o ritmo da construção do Túnel de Taguatinga, os serviços para erguer a estrutura – que vai beneficiar 137 mil motoristas – foram estendidos até as 22h. Além de agilizar o andamento dos trabalhos, a previsão é gerar mais 200 oportunidades de emprego. Atualmente, 1,7 mil pessoas estão participando de uma das maiores obras da capital, que já está 30% executada. O investimento é de R$ 275,7 milhões.

As obras estão sendo feitas em ritmo acelerado, para diminuir ao máximo o impacto na região | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Um dos engenheiros responsáveis pela execução do contrato, Bruno Almeida, explica que a medida foi adotada com o objetivo de melhorar o trânsito em dois trechos que estão interditados por causa da obra – o cruzamento das avenidas Comercial e Central em ambos sentidos, sob o viaduto da Samdu. “Queremos diminuir ao máximo o impacto na região. As obras estão acontecendo em ritmo acelerado e, com o segundo turno, agilizaremos ainda mais”, afirma.

Tiago de Jesus, 30 anos, é um dos operários contratados para o período noturno. Para ele, atuar nesse horário é ainda melhor do que de dia. “À noite não tem sol, que acaba cansando a gente. Prepararam todo o canteiro de obras com iluminação e sinalização adequada, assim como os nossos uniformes, que são apropriados”, comenta.

“Estou muito feliz com essa oportunidade. Daqui sai o sustento da minha família. É uma das maiores obras de Brasília e vou ter história para contar para os meus filhos e netos”Tiago de Jesus, 30 anos, um dos operários do túnel

Antes de participar da construção do túnel, Tiago estava desempregado havia dois anos. Ele veio do Espírito Santo há oito meses em busca de um trabalho. “Às vezes eu conseguia um ‘bico’, mas parecia que ninguém me via”, lembra. “Estou muito feliz com essa oportunidade. É daqui que sai o sustento da minha família”, conta.

Morador de Taguatinga, Tiago não esconde o orgulho de ser um dos operários da obra. “Estou muito satisfeito de participar da construção de uma das maiores obras de Brasília. A gente sabe que isso aqui vai melhorar a vida de muita gente, a mobilidade de todo mundo”, diz. “Estou aprendendo muito também. Com certeza vou ter história para contar para os meus filhos e netos”, comemora.

Atualmente, 1,7 mil pessoas estão participando da obra do Túnel de Taguatinga, que já está 30% executada | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

O túnel

Com previsão de entrega para 2022, a construção das paredes de diafragma – que fazem parte da fundação do túnel – está em fase de finalização. A próxima etapa é a execução de vigas e lajes. A passagem subterrânea fará uma ligação para motoristas que trafegam no sentido Ceilândia, pela Avenida Elmo Serejo, além de oferecer uma via alternativa pela superfície para o centro de Taguatinga. Isso evitará a retenção de veículos nos semáforos do centro da cidade.

Com a conclusão da obra, os carros que estiverem na Avenida Elmo Serejo, sentido Plano Piloto, vão entrar pelo túnel e sair na Estrada Parque Taguatinga (EPTG). Do outro lado, aqueles que chegarem a Taguatinga pela EPTG também passarão pelo túnel até o início da Via Estádio, saindo logo após o viaduto da Avenida Samdu. Vias marginais darão acesso às avenidas Comercial Sul e Norte e Samdu Sul e Norte. A passagem subterrânea terá 1.010 metros de extensão e vai contar com duas vias paralelas, cada uma com três pistas de rolagem em cada sentido.

As melhorias não se restringem às questões de trânsito e mobilidade. A movimentada Avenida Central de Taguatinga se transformará em um boulevard arborizado, com uma paisagem inteiramente nova para a população. Ela terá foco nas pessoas e no comércio da região. Além do paisagismo, as calçadas serão revitalizadas e os estacionamentos ampliados.

Com previsão de entrega para 2022, a construção das paredes de diafragma – que fazem parte da fundação do túnel – está em fase de finalização. A próxima etapa é a execução de vigas e lajes| Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília
Fonte: Agência Brasília

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