Podcast é comandado por quatro amigos que procuram enaltecer a cena cultural do DF, com entrevistados que fazem diferença na capital federal

Não é segredo para ninguém que a pandemia da Covid-19 mudou a forma de consumir entretenimento e trouxe algumas novidades, entre elas o podcast. De acordo com levantamento feito pela Deezer em 2021, o número de novos ouvintes do formato subiu em 24% somente no Brasil, enquanto o número de streams em podcasts aumentou em 32%.

Um dos diferenciais dos podcasts é que eles abordam os mais diversos assuntos, indo do entretenimento até o empreendedorismo com leveza. Um deles, no entanto, tem como foco a capital do Brasil. O ArmárioCast, “o podcast que mais cresce em Brasília”, apresenta personalidades que se destacam na cena da capital federal.

Atualmente, o grupo é formado por quatro amigos que tem o mesmo objetivo: valorizar a cena brasiliense e mostrar que, para fazer sucesso, não é necessário morar no eixo Rio-São Paulo. Pedro Vitor, de 22 anos, e Douglas Nadim, de 22, são responsáveis pela apresentação. Já Danilo Maldini, de 24, cuida da produção, enquanto João Victor Aires, de 22, é diretor do programa.

“Nosso grupo tinha mais ou menos 16, 20 pessoas. E tem pessoas muito explosivas, então sempre tem briga, sai e entra. E aí colocaram o nome de armário, porque quem sair, vai sair do armário. Aí a gente pensou, como todo mundo que está aqui vai fazer o podcast, vamos botar ArmárioCast”, explica Danilo, em conversa com o Metrópoles, sobre o nome do programa.

“A gente começou a desvendar Brasília. Começou com amigo, aí o amigo conhecia uma pessoa. Nosso projeto é literalmente dar ouvidos para profissionais mais capacitados aqui de Brasília e das mais diferentes áreas. Hoje já foram mais de 170 episódios de universos completamente diferentes, mas a gente sempre teve a ideia de que Brasília tivesse um lugar que desse voz para essas pessoas”, completa Pedro.

A gente quer desmistificar essa parada de ‘tem que ir para São Paulo para dar certo’. Já dá certo aqui em Brasília. As pessoas que precisam vir para cá. Parte do ArmárioCast é isso, ficar em Brasília e transformar em um pólo, mostrar que aqui tem cultura, tem arte, tem ciência, não é só terra de político maluco.

Danilo Maldini

Trajetória

Como nem tudo é apenas flores, o ArmárioCast começou na casa de Pedro, com a ajuda de sua mãe. Os jovens contaram que pediam na rua que pessoas dessem entrevistas para eles. Com o passar do tempo, no entanto, eles conheceram Idovan Araújo, dono da Rádio Federal, que classificam como “maior investidor” do podcast.

Pedro e Danilo contaram que, por meio de um entrevistado, conseguiram uma reunião com Idovan. “No mesmo dia [da reunião], ele mandou a gente fazer uma cópia da chave e fala que a gente podia gravar sempre que tivesse horário [no estúdio da Rádio Federal]. Ele é o maior investidor, é uma estrutura surreal, equipamento top e tudo foi porque ele acreditou na gente”, conta Pedro.

Quanto aos entrevistados, os integrantes do podcast contaram: “O bom do podcast é que é uma mentoria que a gente ganha de uma pessoa que é muito boa na área. Por exemplo, a gente levou no domingo um cara que fez pós-doutorado no MIT [Instituto de Tecnologia de Massachusetts], de biofísica molecular. É por isso que quando a gente fala que é o podcast que mais cresce em Brasília, não é em números, é que a gente é muito jovem e conhece gente de vários níveis, a gente cresce muito”.

Tanto Pedro como Danilo concordam sobre o futuro do ArmárioCast. Ambos afirmam que a meta é estabelecer a cena de Brasília, fixar o estúdio aqui e, apenas depois, levar o projeto para o resto do Brasil. “O plano, a longo prazo, é estabelecer aqui o ArmárioCast Studios e vai permanecer com esse mesmo intuito, vai ser girar a cultura e a cena de Brasília. Mas o Armário vai para o mundo todo, mas isso tudo só vai ser feito quando a gente estabelecer uma base aqui”, explica o produtor.

O ArmárioCast está presente no YouTube, na Twitch e no Spotify. A agenda de entrevistados é divulgada no Instagram do programa (@armariocast).

De: Redação / Fonte: Metrópoles

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