Além da transmissão da Presidência do G20 da Índia para o Brasil, o primeiro-ministro Narendra Modi e Lula trocaram mudas de árvore, numa referência às preocupações do bloco com o meio ambiente.

Pela primeira vez, o Brasil assume a presidência temporária do G20, o grupo da 19 maiores economias do mundo, União Europeia e União Africana. Pela frente grandes desafios. A próxima reunião do G20 será no segundo semestre de 2024, no Rio de Janeiro.

Os principais desafios se concentram no combate à fome, à desigualdade social e à pobreza, na implementação transição energética, no desenvolvimento sustentável – em três dimensões econômica, social e ambiental – e na reforma dos organismos internacionais.

Ao assumir o comando do G20, o Brasil passa a ocupar o protagonismo internacional de forma mais intensa, sugerindo pautas, temas e debates. Mesmo que seja por apenas um ano, será um período de destaque e relevância no cenário mundial.

O martelo de madeira

Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, avançar pauta é uma questão de determinação pessoal. Segundo ele, é o único caminho para melhorar o mundo é reduzir as desigualdades em todas as esferas.

Simbolicamente, Lula bateu o martelo de madeira que representa o comando do G20, durante o encerramento da 18ª Cúpula de Chefes de Governo e Estado. A cerimônia aconteceu em Nova Delhi, na Índia, país que detinha o comando do G20;

“Se quisermos fazer a diferença, temos que colocar a redução das desigualdades no centro da agenda internacional”, afirmou o presidente Lula ao assumir a presidência do grupo.

Duas grandes frentes de trabalho

No esforço de avançar na pauta prioritária serão criadas duas forças-tarefa no âmbito do G20.

As grandes frentes são para ampliar o combate à desigualdade ao longo da Presidência brasileira: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.

Paralelamente, será intensificado o trabalho em defesa da reforma dos organismos internacionais para inclusão dos países mais pobres como membros permanentes.

Na lista de prioridades estão o Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, por exemplo.

“A insustentável dívida externa dos países mais pobres precisa ser equacionada. A OMC [Organização Mundial do Comércio] tem que ser revitalizada e seu sistema de solução de controvérsias precisa voltar a funcionar”, afirmou Lula.

Presidência interina

De 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024, a agenda do G20 será decidida e implementada pelo Brasil com apoio da Índia, última ocupante da Presidência, e da África do Sul, país que exercerá o mandato em 2025.

É um sistema rotativo chamado também de “troika” , uma vez que é exercido de maneira conjunta, não isoladamente. É um diferencial em relação a outros organismos internacionais.

Entre dezembro de 2023 e novembro de 2024, o Brasil deverá organizar mais de 100 reuniões oficiais, que incluem cerca de 20 reuniões ministeriais, 50 reuniões de alto nível e eventos paralelos.

O ponto alto será a 19ª Cúpula de chefes de Estado e governo do G20, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.

Quem compõe o G20

  • África do Sul
  • Alemanha
  • Arábia Saudita
  • Argentina
  • Austrália
  • Brasil
  • Canadá
  • China
  • Coréia do Sul
  • Estados Unidos
  • França
  • Índia
  • Indonésia
  • Itália
  • Japão
  • México
  • Reino Unido
  • Rússia
  • Turquia
  • União Europeia
  • A União Africana

Há, ainda, uma série de entidades internacionais também são participantes fixas das cúpulas do G20: Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (BM), Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Após a entrada da União Africana no G20, apenas a Agência de Desenvolvimento da União Africana (AUDA-NEPAD) e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) permanecem como convidadas fixas nas cúpulas.

A criação do grupo

Criado em 1999, o G20 foi sugerido como uma forma de coordenação entre os membros em nível ministerial, após uma sequência de crises econômicas internacionais.

Antes de assumir a presidência interina, o Brasil organizou uma reunião no nível ministerial em 2008, em São Paulo.

Brasil assume pela 1ª vez a presidência do G20. Assista a coletiva de imprensa.

 

Fonte: Só notícia boa

 

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