Lockdown da China provoca logística limitada e impede que navios façam cargas ou descargas no porto mais movimentado do mundo

lockdown imposto em Xangai, importante cidade da China, tem atrasado as movimentações de carga e descarga do porto instalado no território e provocado temores sobre potencial desaceleração econômica, que deve elevar a inflação em todo o mundo.

Rodrigo Zeidan, professor de finanças e economia da NYU Shanghai, compartilhou um gráfico no Twitter com informações sobre a atual demora nos processos portuários realizados pelo país. Confira abaixo:

Reprodução/Twitter/Roberto Zeidan

Entenda o gráfico

As informações, produzidas pela consultoria Vessels Value, que fornece dados de inteligência sobre transporte aéreo e marítimo, mostram nessa linha mais aguda, em vermelho, o aumento do número de navios esperando para carregar ou descarregar mercadorias no porto chinês, que é o mais movimentado do mundo.

A linha preta representa a média dessa demora entre 2017 e 2021.

Ao compartilhar o gráfico, Zeidan escreveu no tweet o seguinte:

“O bloqueio em Xangai não está diminuindo, no momento. Já a capacidade portuária continua a diminuir. A inflação estará aqui por um tempo. E os preços de muitos bens comercializáveis levarão algum tempo para se estabilizarem.”

Por que a inflação sobe com a paralisação portuária em Xangai?

O caos no transporte de mercadorias é um dos grandes responsáveis pelos preços subindo na maioria dos países – começando pelos Estados Unidos, mas também aqui no Brasil – porque, obviamente, diminui a oferta dos produtos, mas não diminui a demanda.

Como destaca Zeidan, no caso de Xangai, embora o porto não tenha fechado com o lockdown, as restrições aplicadas pelas autoridades chinesas chegam a impedir de circular 90% dos caminhões que levam cargas até o local. Portanto, a logística limitada impede que mercadorias sejam enviadas para o exterior.

Como resultado, milhares de navios acabam parados no porto à espera da vez de carregar mercadorias ou entregar aos compradores chineses.

Abaixo outra imagem compartilhada pelo professor no Twitter.

Reprodução/Twitter

De: Redação / Fonte: investnews

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