Cristian Cravinhos, um dos responsáveis pelo assassinato brutal dos pais de Suzane Von Richthofen, pretende recorrer aos tribunais superiores para tentar censurar a série Investigação Criminal, produzida pela Medialand Produção e Comunicação. As informações são da coluna Rogério Gentile, do portal Uol.

O segundo episódio da primeira temporada da trama mostra, com detalhes, o assassinato de Manfred e Marísia Richthofen, em 31 de outubro de 2002. Na ocasião, Suzane, de 18 anos, abriu a porta da casa da família para que Cristian e seu irmão, Daniel Cravinhos, matassem os pais dela a pauladas.

Cravinhos, que alega ter o “direito ao esquecimento”, recorreu à Justiça para proibir a veiculação do episódio, bem como exigir uma indenização de R$ 500 mil pelo uso de 12 fotografias com a sua imagem.

Derrotados na primeira e na segunda instâncias, os advogados de Cravinhos prepararam recursos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os defensores já entraram com o chamado recurso de admissibilidade, solicitando que o Tribunal de Justiça de São Paulo envie os autos para o STJ e o STF.

No pedido feito ao STF, Cravinhos afirma que a série contraria o artigo 5° da Constituição, segundo o qual são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas. Esse é o mesmo artigo que assegura a liberdade de expressão no país.

“Por ter cometido um crime que, de acordo com as empresas recorridas é de interesse da sociedade, [Cravinhos] não pode ser lembrado pelo resto da sua vida por este delito”. Afirmou na ação o advogado Valdir Rodrigues de Sá, que o representa.

Em sua defesa, a Medialand declarou à Justiça que a Constituição “assegura a livre manifestação e o direito de informar, repudiando veementemente qualquer tipo de censura”. A produtora disse que a série tem viés informativo e documental e que o caso Richthofen é o mais célebre da história criminal brasileira.

O advogado Leo Wojdyslawski, que defende a produtora, diz ainda que os prejuízos à honra e à imagem de Cravinhos não decorrem da série, mas da “conduta totalmente reprovável” de Cristian, ao cometer o crime que completa duas décadas no próximo ano.

Além da Medialand, são alvos da ação as plataformas de streaming Netflix, Amazon e Looke.

Por: Junim 10B

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