Drones para levar órgãos para transplantes no Brasil, muito mais rápido, seguro e barato! Os primeiros testes foram um sucesso.

Drones para levar órgãos para transplantes no Brasil, muito mais rápido, seguro e barato! Os primeiros testes foram um sucesso. Eles usaram condicionamento ideal para transporte das córneas, como controle de refrigeração, altitude, umidade e rastreamento e deu certo!

O drone conseguiu percorrer 8,2 km em 16 min, o que um automóvel faria em 40 min. E mais: com custos 28% menores. Apesar de não ter conteúdo orgânico, os testes se mostraram muito bem sucedidos.

“Podemos viabilizar o transporte de órgãos para transplante, ou na entrega de sangue, por exemplo. Acreditamos que o projeto possa acelerar o desenvolvimento de soluções para instituições de pesquisa, laboratórios e hospitais, entre outros”, afirmou ao Só Notícia Boa Luis Eduardo Ludgero, CEO da H4ndsLab, empresa brasileira que lançou a iniciativa em parceria com a Fiocruz Brasília, a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e a Softex, para acelerar transporte de órgãos no país.

Hoje, a falta de uma logística eficiente e a luta contra o tempo provocam perdas de órgãos para transplantes no Brasil e o projeto do drone trouxe uma ótima perspectiva, não apenas para os profissionais de saúde, como para os pacientes que aguardam incansavelmente pela cirurgia.

Nos Estados Unidos isso já é realidade desde 2019. Um drone desenvolvido pelo Centro Médico da Universidade de Maryland conseguiu transportar em 5 minutos e com segurança, um rim para transplante. A beneficiada foi uma paciente que aguardava pelo órgão havia 8 anos e fazia hemodiálise enquanto estava na lista de espera. Reveja aqui

Necessidade virou solução

Luis Eduardo Ludgero, CEO e Head de disrupção de negócios e inovação da H4ndsLab, contou que a ideia surgiu durante uma necessidade de transporte, quando a pesquisadora Izabela Gimenes, do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), precisou enviar córneas de bois para uma pesquisa, mas o abatedouro mais próximo estava a 200km do laboratório.

Eles tinham o desafio de levar em até quatro horas após a coleta. Só que pelo transporte convencional, levaria 3 horas e meia para chegar, restando pouquíssimo tempo para os testes, com o risco ainda de contratempos pelo caminho.

Foi quando o Luis reuniu a equipe para buscar uma solução que não só atendesse a necessidade dele, mas ajudasse pacientes e profissionais que passam pela mesma situação todos os dias. Surgiu então a ideia de usar drones.

Drone especial

O drone utilizado para o transporte de órgãos também foi construído especialmente para esta finalidade. Ele já está sendo considerado inovador pela capacidade e custo de produção.

O equipamento não utiliza pista de aterrisagem ou decolagem. É só o movimento de levantar e voar. Além disso, é preciso pensar, por exemplo, em formas de alimentação de energia que mantenham o equipamento no ar por tempo suficiente.

Transporte de outros materiais

Além do transporte de órgãos, o drone também pode ser utilizado para levar diferentes materiais biológicos.

A H4ndsLab agora vai começar testes transportando material biológico para a vigilância da Covid-19 e da tuberculose, em uma cooperação técnica com a Universidade de Brasília (UnB).

Luis Eduardo Ludgero também comemora os resultados obtidos com os baixos custos do projeto.

“O teste preliminar se mostrou 28% mais barato em comparação com veículos terrestres. Mas em casos que o material necessita percorrer maiores distâncias, usando outros meios como transporte por aviões ou helicópteros, os custos podem representar até 95% menos. Ou seja, ele se mostra totalmente replicável, inclusive para ser adaptado ao sistema público de saúde”, concluiu.

Só após os testes finais saberemos quando a tecnologia dos drones para transporte de órgãos será implantada no Brasil. Que seja logo!!!

Engenheiros testam o drone, construído especialmente para o projeto - Foto: divulgação

Engenheiros testam o drone, construído especialmente para o projeto – Foto: divulgação

 

Fonte: notícia boa!

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