Analistas e observadores políticos apontam que a ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, a deputada Flávia Arruda (PL) vem trabalhando seu nome para ser candidata ao governo do Distrito Federal (GDF) em 2022 com o apoio do Palácio do Planalto.

Na eleição passada, a esposa do ex-governador José Roberto Arruda (PL) foi a mais votada na disputa para a Câmara dos Deputados mesmo dando sinais que a política não era sua praia.

Atribui-se que sua eleição se deu mais em decorrência do capital político de seu marido, já que ela até então havia participado apenas de uma disputa eleitoral como candidata a vice do falecido Frejat em 2014, quando perderam para o esquerdista Rollemberg.

Para as eleições do próximo ano, o tititi nos corredores do Planalto, do Buriti e da Câmara Legislativa, é que a agora ministra será a candidata de Jair Bolsonaro ao GDF.

As movimentações de Flávia rumo ao Buriti, segundo alguns analistas políticos, estariam sendo orquestradas pelo marido e ex-governador Arruda. No entanto, há fatores que podem fazer o barco naufragar no que tange o apoio do eleitorado bolsonarista da capital federal.

Um deles é que a deputada tem a imagem completamente atrelada ao marido. Arruda foi abatido em 2009 com a Caixa de Pandora, sendo sacado do governo e ainda se encontra inelegível conforme decisão colegiada do STF. Voltar ao Poder por meio da mulher-ministra seria o seu projeto em curso.

Portanto, Arruda é Flávia e Flávia é Arruda.

Mesmo Flávia integrando o primeiro escalão do governo Bolsonaro, a cúpula do Planalto sabe que será um risco muito grande declarar apoio a ministra.

Brasília é um dos locais onde o presidente tem um bom número de eleitores que o defendem e pregam a moralidade, a transparência e o combate à corrupção.

Bolsonaristas de “grosso calibre” têm manifestado que ninguém está disposto a conviver com o medo de rever as cenas lamentáveis de 2009 e estar junto nesse barco.

Outro fator que joga contra Flávia é que ela não tem a cara do bolsonarismo e sim do “Centrão” de Arthur Lira e Valdemar Costa Neto.

Vai ser muito difícil convencer a militância bolsonarista de raiz a pedir votos para a ministra.

Mas sonhar não custa nada mesmo que alguns deles possam se transformar em pesadelo.

Da Redação

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