*Por Luciano Lima

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou nessa terça-feira, 6 de abril, mais um triste capítulo, que já dura 8 anos, e que permaneceu por muito tempo apenas nos bastidores, envolvendo a disputa pelo uso da marca Legião Urbana. Como bom cristão, acredito que Renato Russo, o eterno líder da maior banda de rock da história da música brasileira, deva estar, neste momento, muito triste lá no céu.

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Isabel Galloti chegou a votar para que os ex-integrantes da Legião Urbana, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, não possam mais usar a marca da banda sem ter autorização da empresa Legião Urbana Produções Artísticas, de Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo.

No entanto, o julgamento do caso foi adiado com pedido de vistas do ministro Antônio Carlos Ferreira, para analisar melhor o processo. Com essa decisão temporária e indefinida, fica valendo a decisão anterior: o nome Legião Urbana pertence à empresa do filho de Renato Russo e não pode ser usado por mais ninguém.

É inegável que toda essa disputa é muito triste e nunca poderia ter chegado a essa situação. Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá são fundadores da Legião Urbana, junto com Renato Russo, e os seus direitos envolvendo a marca nunca deveriam ser questionados.

O uso da marca LEGIÃO URBANA por terceiros é que sempre deveria ser aprovada ou reprovada por Dado, Bonfá e Giuliano Manfredini, herdeiro legal do nosso querido e eterno “Trovador Solitário”. As partes interessadas deveriam, desde o início, ter definido como o uso da marca seria tocado, até para evitar conflitos que envolvem o legado, projetos individuais ou coletivos e até mesmo de datas.

Enfim, agora que toda essa disputa é pública, a tristeza do debate está nas redes sociais. Os milhões de fãs da Legião Urbana esperam que a decisão da nossa justiça, tão desacreditada nos dias de hoje, seja pela harmonia, pelo bem da história e do legado, que é eterno. Dado e Bonfá não podem ser proibidos de usar uma marca que eles ajudaram a criar e a eternizar. A história não pode ser rasgada por interesses pessoais ou comerciais.

Que o fim seja “Amor Vincit Omnia”, que o significa “o amor tudo vence”, ou “Omnia Vincit VERITAS”, que significa “a verdade tudo vence”.

*Luciano Lima é historiador, jornalista, radialista e produtor cultural

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