Palco montado na Praça do Cruzeiro tem apresentações de todos os gêneros musicais até o dia 17 de janeiro
Música para o deleite dos ouvidos e da alma. Assim tem sido todas as apresentações no cair da tarde e início da noite no Palco Céu de Brasília Cultural, uma das atrações do projeto Brasília Iluminada, montado desde o dia 20 deste mês entre a Praça do Cruzeiro e a Igreja Rainha da Paz. Neste domingo (27), os destaques do fim de tarde no Palco Céu de Brasília são o Barroco Trio Affectus e o Trio Bravíssimo. As apresentações estão previstas para começar às 17h30.
Mesmo com a iminência de chuva diária e as restrições impostas pela pandemia, o público não tem deixado de prestigiar os mais de 400 artistas que passam pelo local até o dia 17 de janeiro. Um exemplo dessa celebração aconteceu durante o crepúsculo deste sábado (26).
“Para os artistas, mesmo com chuva, é uma oportunidade de apresentar sua obra para a cidade”, comentou o maestro da Filarmônica da cidade e curador do Palco Céu de Brasília, Thiago Francis. “Montamos a grade de apresentações com o objetivo de dar oportunidade aos músicos que sofreram com a pandemia durante 2020. Vários palcos foram fechados, atingido diretamente essa classe”, lamentou.
Foram dez meses longe do palco. Segundo o curador, Thiago Francis, são contemplados nesse moderno auto de Natal, todos os gêneros musicais. Do chorinho à música clássica, passando por jazz e corais. Com esse grande encontro de fim de ano promovido por meio da sinergia entre as secretarias de Economia, Cultura, Turismo e Desenvolvimento Social, saíram ganhando não apenas os artistas da cidade. Além de incentivar a economia local, com geração de renda, o evento deu oportunidade de trabalho para mais de seis mil pessoas.
“Temos orgulho de ter transformado esse sonho em realidade em um ano tão difícil. Oferecemos para sua população essa experiência com todos os cuidados necessários”, salientou a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça.
Protocolos de segurança
Todos os detalhes foram pesados na balança para que a segurança e integridade dos artistas e plateia fossem garantidos. Assim, em frente do palco, foram construídas pequenas ilhas de madeiras, cercadas de cordas, onde as pessoas, em seu grupo, possam curtir as apresentações com o devido distanciamento.
Além disso, monitores sociais espalhados por todo o gramado e próximos aos dois mirantes erguidos do lado do palco, estão preparados para orientar sobre o evento e alertar sobre os protocolos de segurança, que incluem o uso de máscaras e álcool em gel.
Jazz e ópera
Um entardecer embalado ao som de jazz e canto lírico. Foi o que centenas de pessoas puderam conferir neste sábado (26), algumas bem confortáveis com cobertores, garrafas de vinho e cestas de piquenique. Uma família gaúcha inteira não abriu mão do chimarrão e muitos não se furtaram da companhia de seus pets. Apesar do atraso de 1h, causado pela chuva, o trio Armazém do Groove não decepcionou o público com releituras pop de clássicos do jazz, como Miles Davis, Thelonious Monk, Herbie Hancock, Tom Jobim, entre outros, elevando o espírito dos amantes da música e o astral do local.
“Todo Natal participamos de eventos culturais em Brasília e característica nossa é a da espontaneidade aliada às cores de dezembro”, contou o baixista carioca, Jhoninha Medeiros. “Infelizmente é um momento complicado por causa da pandemia, mas a música, a arte como um todo, tem o poder de amenizar esse momento difícil que passamos. O que tem nos mantidos vivos, emocionalmente, é arte e os artistas”, observou.
Já o Quinteto Operístico de Brasília apresentou alguns clássicos da música lírica nas vozes de jovens talentos da cidade. Cada performance foi permeada por comentários sobre a história da música, seus personagens e compositores. “A ópera, com suas vozes potentes e histórias cantadas em várias línguas, tem essa característica, porque visava atingir o maior número possível de pessoas”, ensinou. “Como naquela época não havia microfones, eram apresentadas em locais com boa captação de som”, continuou.
Moradoras do Jardim Botânico e Jardins Mangueiral, as irmãs Marta Ventura, 53 anos, e Maria Ventura, 58 anos, tinham um motivo todo especial para conferir a apresentação. Além de tias do maestro Thiago Francis, ambas foram prestigiar a sobrinha, uma das integrantes do Quinteto Operístico de Brasília. “Acho importante para Brasília ter eventos como esse, mesmo nesse momento, e a organização do evento fez tudo certinho quanto à segurança das pessoas”, elogiou Maria.
Confira programação completa do Palco Céu de Brasília Cultural
31/12:
17h30 – Orquestra de Cavaquinho Projeto Waldir Azevedo, da Vila Telebrasília
19h – Orquestra Popular Marafreboi
1º/1:
17h30 – Regional do Choro
18h30 – Grupo Kervansarai
2/1:
17h30 – Quarteto de Cordas Trilha de Cinema
18h30 – Banda do Seu Manolo
3/1:
17h – Quinteto de Sopros – Maxuel Suzuki
18h – Quarteto de Cordas – Cássio Silva
6/1:
17h – Duo Harpa e Oboé
18h – Quarteto de flautas
19h – Duo Flauta e Piano
7/1:
17h – Diana Trio
18h – Duo Tomé Cerqueira
17h – Regional Segura Elas
8/1:
17h – Trio Jazz Bravíssimo
18h – Duo PianoCello
19h – Ballet Grupo de Bailarinos de Brasília
9/1:
17h30 – Alysson Takaki
18h30 – Orquestra Gmund
10/1:
17h – Barroco
18h – Mousiqué
19h – Ballet Grupo de Bailarinos de Brasília
15/1:
17h – Nordeste – a poesia do Sertão, com Nilson Freire
18h – Beethoven 250 anos
16/1:
18h – Quarteto Rose
19h – Ballet Grupo de Bailarinos de Brasília
17/1:
17h – Coral de Cegos do Projeto Waldir Azevedo
18h – Orquestra Sopros da Orquestra Filarmônica de Brasília (OFB)
19h – Ballet Grupo de Bailarinos de Brasília
Cronograma da carreata do Papai Noel, das 19h às 22h
28/12 – Sobradinho e Planaltina
29/12 – Fercal e Sobradinho II