A obra As Mulatas, de Di Cavalcanti, avaliada em R$ 20 milhões, fica no Palácio do Planalto e recebeu 7 perfurações dos vândalos

Quase uma semana depois dos protestos antidemocráticos de Brasília, uma notícia nos enche de esperança. A maioria das obras de artes danificadas pelos manifestantes será restaurada nos próximos meses.

A informação foi divulgada pelo Ministério da Cultura, que solicitou a restauração para servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

A ministra Margareth Menezes confirmou as restaurações na conta dela do Twitter e prometeu atualizar sobre o andamento do projeto.

Veja as obras danificadas

A relação preliminar das obras danificadas foi divulgada nesta segunda-feira, 9, pelo Palácio do Planalto.

Segundo a nota publicada pela instituição, ainda não é possível avaliar todos os danos causados ao mobiliário e as pinturas dos prédios, mas as obras danificadas já foram identificadas:

Veja as obras que serão restauradas:

  • Pintura Bandeira do Brasil, de Jorge Eduardo: o quadro foi encontrado boiando sobre a água, após os manifestantes abrirem os hidrantes instalados no andar.
  • As Mulatas, de Di Cavalcanti: a peça é considerada a principal do Salão Nobre do Palácio do Planalto. A obra foi furada sete vezes com objetos pontiagudos. A obra está estimada em R$ 8 milhões.
  • O Flautista, de Bruno Giorgi: escultura em bronze que teve pedaços jogados pelo salão. Ela está avaliada em R$ 250 mil.
  • Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg: foi quebrada em diversos pontos. Os galhos de madeira foram quebrados e jogados em várias partes do prédio. A peça está estimada em R$ 300 mil.
  • Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck: a mesa história ficava exposta no salão e foi usada como barricada. Avaliação do estado geral ainda será feita.
  • Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues: o móvel que guarda várias informações do presidente em exercício teve o vidro quebrado.
  • Relógio de Balthazar Martinot: o foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. O objeto é do século 17 e existem apenas duas peças do autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída. O valor desta peça é considerado fora de padrão.
  • A Bailarina, de Victor Brecheret: a obra foi retirada do pedestal e jogada pelo salão. A peça está estimada em R$ 5 milhões. Por ter sido o menor dano de todos, a obra foi a primeira a ser restaurada e já está de volta ao local.
  • Galeria dos ex-presidentes: todas as fotos foram retiradas da parede, jogadas ao chão e quebradas.

Além das obras de artes acima, foram registrados outros danos menores, mas igualmente sérios. Os invasores destruíram bustos, itens decorativos, poltronas e muito mais.

Culpados serão responsabilizados

A ministra da cultura Margareth Menezes garantiu que todos os danos serão avaliados, assim como os culpados, que serão investigados, punidos e terão que pagar do próprio bolso pelos prejuízos causados.

“A dilapidação do patrimônio público e da consciência livre do nosso povo não será tolerada. Os culpados serão identificados e rigorosamente punidos na forma da lei”, postou a ministra no Twitter.

 

Escultura 'Bailarina', de Brecheret, foi restaurada e colocada no local original. — Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

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De: Redação / Fonte: Sonoticiaboa

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