Projeto Cerrado Vivo completa 22 anos promovendo educação ambiental com saídas de campo, pesquisa e protagonismo estudantil

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quinta-feira (5), o Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte (CEMTN) destaca os 22 anos do projeto Cerrado Vivo, uma das mais relevantes iniciativas da rede pública de ensino do Distrito Federal voltadas à educação ambiental.

Por meio de um trabalho interdisciplinar, que envolve disciplinas como biologia, geografia, história e produção textual, o projeto leva estudantes a áreas de preservação como o Jardim Botânico de Brasília e a Chapada dos Veadeiros, promovendo o contato direto com o bioma Cerrado.

Coordenado pela professora Eliana Maria da Conceição, o Cerrado Vivo estimula o pensamento crítico, a argumentação e o protagonismo dos alunos. “Nas saídas de campo, eles mesmos apresentam os conteúdos estudados. Desenvolvem consciência ambiental e constroem um olhar mais profundo sobre o Cerrado”, explica a educadora.

Educação que transforma
A proposta tem impacto direto na formação dos jovens. Arthur Vilela Santiago, 18 anos, aluno do 3º ano, conta que o projeto mudou sua percepção: “Antes eu achava que o Cerrado era só mato seco. No Jardim Botânico, descobri espécies como o chuveirinho e a palmeira-juçara. Me apaixonei pelo bioma”.

Elisa Guimarães Freitas, 17, conheceu a iniciação científica por meio do Cerrado Vivo. Sua pesquisa foi apresentada no Sesi Lab, e hoje ela participa de novos grupos de investigação acadêmica. “O projeto abriu portas. Até cordel sobre o Cerrado eu escrevi”, relata.

Thayanne Aparecida, também de 17 anos, enfatiza a importância ambiental: “O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil. Ele abastece as principais bacias hidrográficas do país. É fundamental preservá-lo”.

Sustentabilidade no currículo escolar
Para a diretora de Educação em Tempo Integral da SEEDF, Érica Soares, a educação ambiental vai além da ecologia. “É uma ferramenta transformadora. Envolve pertencimento, cuidado com o coletivo e percepção de que pequenas atitudes fazem a diferença”, afirma.

Além de integrar os princípios da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a educação ambiental promove interdisciplinaridade, pesquisa científica e construção de soluções sustentáveis. Projetos como o Cerrado Vivo tornam o aprendizado mais significativo, conectando o conteúdo escolar à vida real dos estudantes.

De: Redação / Fonte: Agência Brasília / Fotos: André Amendoeira/SEEDF

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