Falha em Missão Lunar Causa Dispersão Não Intencional dos Fragmentos do Ícone da Ficção Científica
Aparentemente, o que restou do DNA de Arthur C. Clarke (2001: Uma Odisseia no Espaço) não chegará à Lua tão cedo. Os restos do reconhecido escritor de ficção científica queimaram na atmosfera terrestre após um módulo lunar privado dos Estados Unidos não conseguir pousar no satélite natural do nosso planeta.
A intenção da sonda Peregrine era chegar à Lua e manter porções simbólicas das cinzas e do DNA (fios de cabelo, etc.) de diversas figuras históricas na superfície do astro, encapsuladas. O lançamento foi bem sucedido, mas um vazamento de combustível ocorreu no caminho, impossibilitando um pouso.
O retorno da sonda à Terra foi ordenado, para que fosse devidamente descartada, mas uma colisão em alta velocidade com a atmosfera terrestre fez com que a Peregrine se perdesse em chamas. O incidente ocorreu em algum ponto acima do Oceano Pacífico, perto da Austrália.
A embarcação completa continha genes de cerca de 70 pessoas. Nomes na lista incluíam os ex-presidentes dos EUA George Washington, Dwight Eisenhower e John F. Kennedy; o criador de Star Trek, Gene Rodenberry; os artistas James Doohan e Nichelle Nichols; entre outros.
A maioria das informações genéticas ficou no foguete Vulcan Centaur, que lançou inicialmente a Peregrine. A espaçonave se separou da sonda no dia 8 de janeiro e, no momento em que essa matéria é escrita, segue caminho para o espaço profundo.
Já a Peregrine protegia 70 cápsulas, incluindo o DNA de Clarke. O módulo estava programado para pousar no nosso satélite natural em 23 de fevereiro. A Astrobotic Technology, que desenvolveu o módulo em contrato com a NASA, confirmou o desaparecimento da sonda.
A Peregrine foi a primeira tentativa dos Estados Unidos de pousar na lua desde a década de 1970. A missão também registraria a primeira sonda espacial comercial a chegar ao solo lunar — caso tivesse dado totalmente certo.
Fonte: Jovemnerd