Nos dias 08 e 09 de Janeiro, grupos de jipeiros de do Distrito Federal, liderados pelo JIPE CLUBE DE BRASÍLIA, fizeram uma grande ação em prol de Cavalcante-GO que está sofrendo com as fortes chuvas a vários dias.

O cenário era de destruição e desespero. Estradas destruídas e acessos limitados. Comunidades inteiras isoladas sem alimentos, atendimentos médicos e até mesmo água potável.

Estradas desbarrancaram com força da água Foto: Junim 10B

A expedição S.O.S. CAVALCANTE GO, foi composta por 27 viaturas (26 jipes 4×4 e 1 caminhão 6×6) todos lotados de mantimentos e muita vontade de ajudar. Com viaturas preparadas para enfrentar o solo muito encharcado, lama, árvores caídas, encostas desbarrancadas e rios transbordando. Calamidade total.

Foto: Francis

Os jipeiros saíram de Brasília por volta de 5 horas da manhã de sábado (08) e chegaram em Cavalcante por volta de 10 horas.

Carregamento dos jipes e caminhão 6×6. Foto: Cinthia Ciríaco

Em uma reunião para decidir algumas estratégias com o Prefeito, membros da Prefeitura, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, Brigadistas, Guias locais e outras lideranças, foi decidido que a missão seria alcançar a comunidade do “Vão do Moleque” cerca de 80 km de distância e no decorrer iriam acessando muitas famílias e outras comunidades.

Reunião com autoridades e lideranças com os jipeiros de Brasília. Foto: Junim 10B

Para quem não viu de perto a real situação pode estar pensando: “80km? Moleza!”. Esses 80km demorou horas e horas e infelizmente o acesso a comunidade “Vão do Moleque” não foi possível, pois ao chegarem ao rio Ouro Fino, a expedição se deparou com o rio muito cheio, correnteza forte e visibilidade comprometida pela escuridão da noite e chuvas que não paravam.

Trajeto com muitos atoleiros perigosos. Em muitas situações os jipeiros tiveram que usar o “espírito jipeiro” para puxar uns aos outros. Foto: Junim 10B

Sensatamente decidiram por meio do presidente do Jipe Clube de Brasília, Carlos Eduardo e outros, que iriam esperar o amanhecer para então estudarem uma forma de transpor o rio. O grupo foi acolhido na Fazenda Ouro Fino de propriedade do Sr. Maguito. Foi uma acolhida muito importante para o grupo que já estava exausto precisando descansar e se alimentar.

Mantimentos deixados na Fazenda Ouro Fino, onde serviu de base para a Expedição. Foto: Francis

Ao amanhecer no domingo (09), o grupo que estava acompanhado desde a saída do dia anterior pelo Prefeito Vilmar Kalunga (PSB), decidiu não atravessar o rio Ouro Fino por precaução. O risco era da expedição transpor, e ao voltar, o rio estar mais cheio, até porque as chuvas não paravam e se não tivesse condição de voltar, a volta teria que ser pelo estado da Bahia pela cidade de Luiz Eduardo Magalhães.
Foram em torno de 600 cestas básicas distribuídas, muitas roupas, água potável e medicamentos distribuídos na ação.

Valas e erosões Foto: Francis

Nota: Os jipeiros de Brasília estão de parabéns e merecem todo o respeito pela coragem e disposição. O parabéns se extende também a todos os outros que não puderam ir, mas que de alguma forma ajudaram com as doações e divulgações. Foi um trabalho coletivo de muita valia.

Prefeito Vilmar Kalunga (PSB), Sr Maguito (Fazenda Ouro Fino) juntamente com voluntários e jipeiros. Foto: Francis

“A ajuda dos jipeiros foi de extrema importância para alcançarmos as comunidades isoladas pela lama e chuva, nossa gratidão será eterna – Prefeito Valmir Kalunga”

A torcida é que as chuvas dêem uma trégua para aquela região e que fique a lição do coletivo e companheirismo pregado pelo jipeiros de todo o Brasil.

Print de uma mensagem de agradecimento enviada por uma guia local e voluntária na expedição S.O.S CAVALCANTE-GO, que se chama Tainara.

Volta e meia, grupos de jipeiros, são acionados pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil para ações parecidas. Jipes com suspensões preparadas, pneus maiores, 4×4, guinchos, e outros acessórios são de suma importância para ações como essa.

Por: Junim 10B – NA TRILHA CERTA.

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