Espetáculo “Há Vagas para Moças de Fino Trato” leva acessibilidade e formação de plateia ao Teatro Sesi de Taguatinga com apoio do FAC
Em cartaz no Teatro Sesi de Taguatinga, a peça “Há Vagas para Moças de Fino Trato – Experimento Final”, do dramaturgo Alcione Araújo, está promovendo inclusão e acessibilidade por meio de sessões adaptadas a diferentes públicos. Estudantes da rede pública e frequentadores da Biblioteca Braille Dorina Nowill tiveram a oportunidade de assistir ao espetáculo, que conta com audiodescrição e recursos visuais pensados para garantir a plena experiência teatral.
Com direção de Cléber Lopes, a montagem traz três personagens femininas em um cenário que simula o ambiente doméstico, utilizando efeitos sonoros e iluminação para ambientar o público. A proposta é ampliar o acesso à cultura e estimular a formação de novas plateias. “A ideia é que todos possam entrar, assistir, assimilar e sair com a mesma experiência, porque isso é uma obrigação da sociedade”, defende o diretor, que também é educador.
O projeto é financiado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec-DF), com investimento de R$ 200 mil. O som ambiente é assinado pelo renomado sonoplasta João Lucas, com uso de quadrifonia para criar uma imersão auditiva que simula sons reais de uma residência, como o percurso da água nos canos.
Para a aposentada Fátima da Conceição, 68 anos, deficiente visual, a experiência representa uma ponte para o conhecimento. “É uma forma de nos aproximarmos da arte, de conhecermos novas histórias e nos informarmos. É muito enriquecedor”, relata.
O estudante Vitor Vinicius Silva, 16 anos, do Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte, também participou da sessão e destacou a importância do acesso à arte como ferramenta pedagógica. “Essas atividades diferentes tornam o ensino mais interessante e nos inspiram a criar também. Estamos produzindo um sarau na escola e a peça pode nos inspirar”, conta.
Escrita em 1974, durante a ditadura militar, a obra é uma das mais emblemáticas de Alcione Araújo. Com sensibilidade e crítica social, o texto aborda a convivência humana, os papéis sociais e o feminino. A montagem reúne as atrizes Carol Nemetala, Nalu Miranda e Rosanna Viegas, que retomam a obra duas décadas após uma versão anterior.
Próximas sessões do espetáculo no Teatro Sesi de Taguatinga:
→ 20 de maio: 15h e 20h
→ 21 de maio: 10h, 15h e 20h
→ 22 de maio: 10h
→ 23 de maio: 15h
De: Redação / Fonte: Agência Brasília / Fotos: Geovana Albuquerque