Secretaria de Saúde reforça importância da segunda dose para garantir proteção eficaz e amplia ações para aumentar a cobertura vacinal
Mais de 163 mil crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos já foram vacinados contra a dengue no Distrito Federal. O imunizante, que protege contra as formas graves da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, começou a ser disponibilizado em fevereiro do ano passado nas salas de vacina da rede pública de saúde.
Embora os números representem um avanço, a cobertura vacinal ainda está abaixo do ideal. Dos imunizados, 109.172 receberam a primeira dose (D1), enquanto 53.976 completaram o esquema vacinal com a segunda dose (D2), o que equivale a uma taxa de cobertura de 59,7% para D1 e apenas 29,5% para D2.
Para receber a vacina, é necessário que a criança ou o adolescente compareça a uma unidade de vacinação acompanhado de um responsável, levando documento de identidade e a caderneta de vacinação.
Segundo Karine Castro, gerente substituta da Rede de Frio do DF, “a vacina da dengue foi incorporada à rede pública como uma estratégia do Ministério da Saúde para proteger o público de 10 a 14 anos, faixa etária com maior índice de hospitalizações e mortes por dengue no Brasil”. A aplicação ocorre em duas doses com intervalo de 90 dias.
O Brasil é pioneiro na oferta gratuita do imunizante por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), desde dezembro de 2023. Para que a proteção seja eficaz, é essencial completar o esquema vacinal com as duas doses. “Quem tomou a primeira dose, deve retornar para a segunda. Só assim a imunização estará completa”, reforça Karine.
Recomendações importantes
Caso o jovem tenha sido diagnosticado com dengue, é necessário aguardar seis meses para iniciar a vacinação. Se a infecção ocorrer após a primeira dose, a segunda deve ser aplicada respeitando o intervalo mínimo de 30 dias após os sintomas.
A vacina é contraindicada para pessoas com imunodeficiência (congênita ou adquirida), em tratamento com imunossupressores, com HIV sintomático ou com função imunológica comprometida. Também não devem ser vacinadas gestantes, lactantes e pessoas com alergia aos componentes da fórmula.
Medidas preventivas continuam essenciais
Apesar do avanço representado pela vacina, o controle do mosquito Aedes aegypti continua sendo a principal forma de prevenção contra a dengue e outras arboviroses, como chikungunya e zika. A eliminação de focos de água parada, a vedação de reservatórios e a limpeza dos quintais seguem sendo atitudes indispensáveis para frear a proliferação do vetor.
De: Redação / Fonte: Agência Brasília / Fotos: Lúcio Bernardo Jr.