Primeiro chamamento de docentes reforça compromisso do governo com a oferta de um ensino público superior gratuito de qualidade

Criada pela atual gestão do Governo do Distrito Federal (GDF), a Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF) recebeu, nesta quarta-feira (31), os primeiros professores e tutores aprovados em concurso público da instituição. O ato ocorreu no Palácio do Buriti, com a assinatura do governador Ibaneis Rocha.

“Tenho fé no estudo; essa é a melhor forma de transformar a vida”Governador Ibaneis Rocha

No discurso de boas-vindas aos professores e tutores da primeira universidade criada e mantida pelo GDF, o chefe do Executivo destacou a importância do ensino público gratuito de qualidade e, durante o evento, assinou também a criação do Fundo da UnDF.

“A UnDF é um sonho que está se tornando realidade”, declarou. “É um sonho perene, que vai nos dar muitos frutos. Não teremos falta de recursos para a UnDF, porque um percentual da receita do DF já está garantido para financiar o ensino superior público de qualidade. Tenho fé no estudo; essa é a melhor forma de transformar a vida.”

Ensino de qualidade

A nomeação dos primeiros profissionais da carreira de magistério do ensino superior ocorre no ano em que a Lei Orgânica do DF, a lei maior de Estado, completa 30 anos. O fato foi lembrado pela reitora pro-tempore da UnDF, Simone Benck.

“A UnDF abre espaço para estudantes da rede pública de ensino ingressarem em uma universidade distrital de qualidade”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

“Imaginar que em 1993 a Lei Orgânica apregoava justamente a criação de uma universidade, e de 2019 para cá conseguir em tão pouco tempo e diligência fazer o concurso público, implantar a universidade no Campus Norte e já ter disponibilizados os terrenos no Parque Biotic e também o de Ceilândia para a construção das edificações de unidades da UnDF, é uma honra e um privilégio”, disse a reitora.

A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, lembrou que a UnDF colabora para a erradicação do analfabetismo e fortalece o ingresso de alunos da rede pública no ensino superior. Serão reservadas 50% das vagas para os estudantes da rede pública de ensino.

“Um dos principais problemas do Brasil hoje é o analfabetismo; não o do adulto que não teve oportunidade de estudar, mas o da criança, que não está conseguindo ser alfabetizada na hora certa”, disse a secretária. “Isso passa pela formação dos professores. A UnDF também abre espaço para estudantes da rede pública de ensino ingressarem em uma universidade distrital de qualidade.”

Primeiros profissionais

O edital do primeiro concurso da UnDF foi lançado em 22 de junho de 2022, com oferta de 350 vagas para provimento imediato e mais 1.050 para cadastro reserva, distribuídas entre os cargos de professor e tutor de educação superior.

O secretário de Planejamento, Orçamento e Administração (Seplad), Ney Ferraz, pontuou: “Hoje, estamos concretizando a convocação dos primeiros 80 servidores públicos concursados da instituição. A chegada deles demonstra todo o compromisso do governador Ibaneis Rocha com a concretização de termos a primeira universidade pública do Distrito Federal”.

“Seremos pioneiros, estamos fazendo parte dessa universidade que demorou a chegar, mas chegou”Otávio Maciel, professor nomeado

Os primeiros 80 professores e tutores convocados da UnDF vão lecionar, inicialmente, em nove cursos de licenciatura, bacharelado e tecnológico no Campus Norte da UnDF, localizado no Lago Norte. Há previsão de nomeação de 350 docentes para composição futura dos quadros e atuação nos campi de Ceilândia e Granja do Torto – estruturas ainda em fase de projeto.

Inaugurado em 28 de junho de 2022, o Campus do Lago Norte atenderá, principalmente, alunos vindos de Sobradinho e Sobradinho II, Planaltina, Planaltina de Goiás, Paranoá, Itapoã e Varjão, além de moradores de áreas rurais dessas regiões.

O professor de filosofia Otávio Maciel, um dos nomeados, lembrou o fato de esse grupo dos 80 nomeados ser responsável pela condução de um projeto aguardado há muitas décadas. “Seremos pioneiros, estamos fazendo parte dessa universidade que demorou a chegar, mas chegou”, disse. “Agora, mãos à obra. É um desafio. Temos uma responsabilidade na capital do Brasil de fazer essa universidade distrital”.

Igualmente recém-nomeado, o professor Klever Corrente Silva também comemorou: “É um momento histórico, emocionante. O DF carecia de uma universidade pública distrital. Me sinto lisonjeado de ter sido aprovado no concurso e ser um dos primeiros professores a fazer parte desse grupo”.

Histórico

A atual gestão tornou realidade um projeto sonhado desde a inauguração de Brasília: a Universidade do Distrito Federal. Em 28 de junho de 2022, com investimento de R$ 1,2  milhão, foi inaugurado no Lago Norte o primeiro campus da UnDF, instalado em um prédio de 6,2 mil m², com 42 salas para uso pedagógico e administrativo, no CA 02 do Lago Norte.

R$ 56 milhõesInvestimentos no segundo campus da UnDF, que será construído no Biotic

No mesmo dia, foi lançada a pedra fundamental do segundo campus, a ser construído no Parque Tecnológico de Brasília (Biotic), em frente à Granja do Torto. Com investimentos de R$ 56 milhões, esse campus vai abrigar as faculdades de Engenharia, Tecnologia e Inovação, além da reitoria e laboratórios para pesquisas de alta tecnologia elaboradas em parceria com instituições do Brasil e de outros países.

A UnDF é a primeira universidade criada e mantida pelo GDF. Leva o nome do professor Jorge Amaury Maia Nunes, falecido em 2021, que foi um dos líderes da luta pela criação da entidade.

A ideia da Universidade do DF nasceu juntamente com a criação de Brasília, mas só saiu do papel efetivamente em 2021. Em 2018, virou compromisso de campanha do então candidato Ibaneis Rocha. Em 19 de março de 2020, já governador, ele encaminhou à Câmara Legislativa o projeto de lei complementar  nº 34/2020, criando a UnDF. O projeto foi aprovado em 23 de junho de 2021.

Quase um ano depois, em 28 de julho de 2021, o chefe do Executivo sancionou a lei que cria a UnDF. À época da criação, o DF era uma das cinco unidades federativas do Brasil que não tinham universidade pública estadual, ao lado de Sergipe, Acre, Rondônia e Espírito Santo.

De: Redação / Fonte: AgênciaBrasília

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