Feliz aniversário BRASÍLIA que amamos!
Brasília é o nome dela.
Uma jovem, experiente, cheia de curvas insinuantes e suntuosas…
Nasceu da coragem gigante do Presidente JK. Mineiro, diamantinense, que resolveu realizar o que todos planejavam há tempos.
Falavam dessa Brasília no Quadrilátero Cruls, ainda no século 18, feito por pioneiros que disbravaram o cerrado em busca de proteção para a corte.
Acharam nascentes num lugar plano e alto, o mesmo lugar especial sonhado por Dom Bosco. Este, italiano, que nunca houvera pisado no Brasil, mas que em sonho, previu e pressentiu a exuberância e o misticismo dessa capital.
Na sua construção, contribuiram vários sonhadores que vieram em busca de um futuro melhor, prosperidade e paz.
Do Norte ao Sul… Um tiquinho de todas as partes do nosso Brasil.
Por isso, ela é única. Tem um charme que quem conhece não se esquece. Cheia de laços, voltas e nós, que foram chamados por Lúcio Costa, o vencedor urbanista, de tesourinhas.
Quem vê as curvas nos concretos dos seus monumentos e palácios nunca mais as esquecerão e não as encontrarão em lugar nenhum do mundo. Desenhos inusitados e fantásticos do sensacional, Niemeyer.
Brasilia é assim, você anda por ela e é como se ela andasse com você…
Como é bela. Seu céu já foi inspiração para várias composições e melodias. Musa inspiradora, dona do poder. Maravilhosa!
Somos contemplados com as árvores nativas do cerrado mais lindas do mundo, os ipês! Roxos, rosas, amarelos e brancos, florescem, encantando a cidade para compensar a seca forte que chega nos meses de agosto e setembro.
Há quem diga que as coisas ruins do poder estão ligadas à cidade. Ledo engano! Brasília é muito, muito mais que o Congresso Nacional.
Uma miscigenação diferente, pois é mistura de uma nação inteirinha.
Aos pioneiros, candangos corajosos, que saíram do seu canto pra ganhar um mundo novo, um rumo novo e que a fizeram do nada e em menos de 5 anos, minha eterna gratidão.
Brasília tem muitos encantos.
A liberdade encontrada nos pilotis abertos dos seus blocos dão a ousadia do percorrer, no ir e vir de todos, dos mais detalhados cantinhos. Os encontros, conversas, rodas de violão e muita música trouxe, ali embaixo do bloco, um quê cultural para a cidade. Grandes bandas nasceram de encontros casuais nesses espaços.
O Lago Paranoá, ponto onde o cerrado e as águas se misturam, trouxe e ainda traz, energia ímpar. Ruas largas e planejadas trazem fôlego como num suspirar depois de intensos enlaces.
As RA’s, que eram aglomerados dependentes, agora fazem parte de uma coisa só. Tudo virou Brasília até pra facilitar quando estamos fora e perguntam de onde somos ou viemos.
Cresceu em tamanho, como coração de mãe, agregando os seus filhos legítimos e adotados.
Leite e mel ainda brotam pra quem vê oportunidade e trabalha incessantemente. Não só no centro do poder, na cabine do avião como dizem, mas no comércio e setor terciário que movem o seu moinho…
Brasília, mãe de gente honesta e corajosa nada tem a ver com o escárnio político, vindo muitas vezes, de outros estados e que de certa forma, mancham a moral dessa Senhora.
Imponente, majestosa, exuberante e poderosa!
Ela já não é mais uma menina mas possui o encantamento das mais belas curvas já vistas .
Ela é sensacional !
É assim, a minha tão querida e amada, Brasília.
Por: Andrea Mariz | Edição: Junim 10B