O Instituto de Pesquisa Scripps, na Califórnia, em parceria com a IAVI, organização de pesquisa científica sem fins lucrativos, divulgaram os resultados da fase 1 de testes em humanos de uma vacina contra o HIV.

Na fase 1 dos testes clínicos, 48 voluntários adultos e saudáveis receberam placebo ou duas doses do imunizante, junto com um adjuvante desenvolvido pela GlaxoSmithKline, empresa farmacêutica britânica.

De acordo com os pesquisadores, as descobertas são muito positivas: a vacina conseguiu estimular a produção das células raras e necessárias para gerar anticorpo contra o HIV em 97% dos participantes

HIV tem milhões de CEPA

“Proteína espicular do HIV é muito mais tortuosa, como resultado da rápida mutação dos genes que formam a espícula, o HIV tem milhões de cepas diferentes e, por conta disso, é improvável que os anticorpos contra uma cepa neutralizem as outras e, assim o HIV não é realmente um vírus. São realmente 50 milhões de vírus diferentes em todo o mundo agora”. (Dr. William SChief, que é um professor e imunologista do Instituto Scripp)
Na última década houve avanço em pesquisas, tratamentos pré e pós exposição ao vírus HIV, e agora a vacina em fase de testes, mas nenhum desses métodos substituem a prevenção, o uso do preservativo, o manuseio correto de instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico.

Quando falamos de Educação em Sexualidade, Orientação Sexual há muita discussão, muita desinformação e um debate superficial.
Vejo com preocupação a informação de mais um método para diminuir os casos de infectados, isso é ótimo, porém há muitos adultos e adolescentes que recebem essa notícia e pensam que há mais uma possibilidade de praticar sexo sem prevenção, sem auto-cuidado, sem o cuidado com o outro, e está tudo bem, não iremos mais morrer e nem viver a base de remédios para o resto da vida.
O preservativo de látex usado hoje, está completando 120 anos, as grandes indústrias investem pesado em marketing, no Brasil os preservativos são distribuídos gratuitamente, e por que qual motivo as pessoas não usam?

Sexo é mais que penetração, mais que bocas nas genitálias, temos urgência em falar de afeto bom e ruim, e não negociar a atividade sexual na carência, pois até onde há um profissional do sexo há afeto, sempre tão necessário falar em Educação em Sexualidade e Afetividade para crianças, adolescentes adultos e idosos.
Vamos parar de remediar a saúde física, mental e sexual.

Por: Kátia Arruda

Fonte: istoedinheiro | Foto: Tânia Rego – Agência Brasil

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