Brasileiros criam inseticida que mata Aedes aegypti sem danos à saúde e meio ambiente.

Um grupo de pesquisadores brasileiros, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), encontrou uma forma de eliminar o Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika – sem causar dados à saúde humana e ao meio ambiente.

É um novo inseticida produzido a partir de “alquil poliglicosídeos”, um surfactante natural obtidos de fontes renováveis como óleo de palma e coco, para o controle de larvas de mosquitos.

“Os alquil poliglicosídeos interferem no ambiente em que as larvas vivem por meio de alterações na tensão superficial da água, o que dificulta o posicionamento correto das larvas para a realização de trocas gasosas com a atmosfera”, explicaram os autores da pesquisa.

“Além de os produtos propostos na tecnologia não serem tóxicos a humanos, animais domésticos ou silvestres e insetos de modo geral, nas concentrações recomendadas, eles têm baixo custo, são biodegradáveis e fáceis de usar”, dizem os autores.

Mudando a perspectiva

Os pesquisadores registraram a patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no mês passado. O próximo passo, a partir de agora, é produzir o inseticida em escala comercial.

O trabalho desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Biotecnologia e Biodiversidade para o Meio Ambiente, coordenado pelo professor Marcos Rogério Tótola, pode revolucionar a forma como o mundo combate doenças veiculadas por mosquitos.

A explicação está nos surfactantes utilizados na fabricação do inseticida. Esses compostos são uma nova forma de controle de larvas aquáticas, inclusive aquelas resistentes aos inseticidas convencionais, tendo em vista a diferente forma de ação do produto.

Mais barato e mais acessível

O estudo da UFV também reforça o quanto a população precisa de produtos mais potentes, baratos e fáceis de utilizar.

No caso do novo inseticida, ele traz todas as qualidades propostas, tanto para o consumidor final como para os produtores.

Por oferecer uma alternativa aos inseticidas convencionais, esses produtos são de interesse para empresas e governos que pretendem reduzir a proliferação do Aedes aegypti.

O que é Alquil poliglicosídeo (APG)?

O novo inseticida utiliza surfactantes naturais obtidos de fontes renováveis, para o controle de larvas de mosquitos. Por isso, não há riscos de desenvolver problemas de saúde ou danificar o meio ambiente.

Alquil poliglicosídeos são uma categoria de surfactante que tem sido amplamente utilizada em uma variedade de produtos químicos diários, cosméticos, detergentes e aplicações industriais.

As matérias-primas são extraídas principalmente do óleo de palma e coco, por isso é considerado ecologicamente correto devido à capacidade de biodegradação completa.

Com isso, quase nenhum outro surfactante consegue se tornar comparável a ele. Assim APG tem sido amplamente utilizado na variedade de arquivados.

De acordo com o Ministério da Saúde, a dengue se tornou um problema de saúde pública no Brasil neste ano.

De janeiro até a terceira semana de agosto, foram mais de 1,3 milhão de casos da doença, quase o triplo do mesmo período do ano passado. Casos de chikungunya e de zika também tiveram aumento acentuado.

Os pesquisadores já registraram a patente do novo inseticida e esperam agora que ele seja produzido em escala comercial.

A dengue foi considerada um problema de saúde pública no Brasil - Foto: Pixabay

A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, foi considerada um problema de saúde pública no Brasil – Foto: Pixabay

Fonte: notícia boa!

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