Ciência se faz com pós-graduação, propósito e investimento de longo prazo

Colunista Diego Nolasco estreia com reflexão sobre o valor da formação científica e a urgência de fortalecer a pós-graduação no Brasil

Eita que hoje é dia de festa para mim. Este é o meu primeiro artigo como colunista do Portal Federal. A partir de agora, assumo o compromisso de trazer reflexões, análises e provocações sobre ciência, formação acadêmica, inteligência e polimatia. Sempre com linguagem simples, mas sem abrir mão da relevância e da precisão.

Começo com um dado que deve ser lido com atenção: a ciência, no mundo inteiro, é feita por pós-graduandos e pós-doutores. São eles – mestres, doutores e pesquisadores em formação – que estão por trás dos artigos publicados nas melhores revistas científicas, dos avanços que sustentam a inovação tecnológica, e até mesmo das descobertas que salvaram, salvam e ainda salvarão vidas no mundo inteiro.

No Brasil, como aponta uma recente matéria publicada no InfoMoney, profissionais com pós-graduação chegam a ganhar quase o dobro dos salários de quem possui apenas a graduação. Mas, além do impacto financeiro, a pós-graduação carrega um poder transformador que nem sempre aparece nas planilhas: ela amplia o pensamento crítico, eleva a capacidade de resolver problemas complexos e insere o profissional em redes de colaboração científica e intelectual de alto nível.

Ainda assim, não é raro ver a pós-graduação ser tratada como um caminho solitário, obscuro e sem garantias. Falta clareza sobre seus reais objetivos. Falta orientação. Falta, acima de tudo, consciência de que a ciência é um projeto coletivo de futuro e que esse futuro se constrói com gente qualificada, comprometida e bem-formada.

É por isso que, nas próximas publicações, quero abrir essa caixa-preta. Mostrar que existe método, estratégia e inteligência por trás de uma carreira científica bem-sucedida. E que, sim, é possível viver da ciência com propósito, com excelência e com impacto.

Seja muito bem-vindo(a) à minha coluna. Vamos juntos tornar a ciência brasileira mais compreendida, mais valorizada e, acima de tudo, mais presente na vida de quem a faz.

Diego Nolasco é graduado em Física pela Universidade Católica de Brasília – UCB, defendeu mestrado e doutorado em Biofísica Molecular pela Universidade Estadual Paulista – UNESP e fez pós-doutorado em Biofísica Computacional no Massachussets Institute of Technology – MIT.

De: Diego Nolasco / Referência: Infomoney