Vans Musicians Wanted retoma formato global pelo 2º ano consecutivo, e procura músicos de todos os estilos para premiar – Criolo é embaixador brasileiro

O mundo precisa de boas músicas. ECrioloVans se juntaram para ajudar. A marca de roupas iniciou nesta quarta, 7, as inscrições para Musicians Wanted 2021 – batalha musical global para encontrar um artista incrível. São várias etapas de premiação – e o último escolhido tocará com Yungblud ao vivo. Na segunda edição mundial, Criolo representa o Brasil e chama meninos, meninas, senhoras e senhores a participarem.

Musicians Wanted funciona assim: a partir da quarta, 7 de julho, os músicos podem se inscrever para concorrer – o envio de faixas autorais é até dia 23 de julho. Os interessados devem acessar o site da Vans (clicando aqui). Depois, 10 artistas de cada país serão selecionados para receber produtos Vans e instrumentos Kramer – além de representar o Brasil na próxima etapa.

Então, vem as seletivas regionais. São cinco regiões participantes – EUA, México, América Central e do Sul, Europa e Ásia-Pacífico – e cada uma dessas escolhe cinco representantes, com base nos finalistas de cada país (os 10 do parágrafo de cima). Essas pessoas também recebem produtos Vans e instrumentos da Kramer, e serão escolhidos para uma série de shows online – uma verdadeira batalha de bandas!

Dos shows online, apresentados pelos representantes das regiões, vem uma super apresentação com 15 finalistas no dia 22 de setembro. Aqui será escolhido “O” vencedor, com base na análise do júri mundial – composto por YungbludDenzel Curry, Julia Michaels e Sean Miyashiro. O vencedor se apresentará com Yungblud em janeiro de 2022, num evento na Cidade do México. Também recebe produtos da Vans, instrumentos, distribuição global das músicas, e uma playlist no Spotify e na Apple Music.

Mas, por mais que Musicians Wanted seja uma competição, para Criolo– embaixador da Vans no Brasil – é mais uma chance de espalhar cultura: “Entendo como um lugar de encontro e troca de aprendizado. Mesmo com esse olhar de [participar como] uma pessoa ou um grupo,[…] o estar junto é o que mais me chama a atenção. São vivências únicas de encontros futuros que apresentam esses talentos natos, cada um em seu momento, apresentando, ali, suas histórias.”

Em uma entrevista para Rolling Stone BrasilCriolo relembrou a emoção de participar de batalhas musicais. Começou na primeira metade da década de 1990, e fazia para poder cantar – gostava de fugir da rotina do pátio do colégio ou ensaio na casa de um amigo. Descreveu a emoção de ver tudo acontecer: “Gostava porque podia conhecer novas pessoas, ouvir outros jeitos de cantar rap! 1992, fitas K-7, comunicação pelo orelhão público. Assim, as cenas se formavam…”

Questionado sobre como o Brasil poderia levar vantagem ou se representar na competição global, Criolo foi taxativo: “Vantagem não é a palavra.” Nem deveria ser, porque um versus não é o foco ali. O rapper vê o encontro como oportunidade de fortalecer as cenas brasileiras – e uma construção natural para encontrar alguém quem, de modo positivo, represente “aquele recorte de tempo e que levará essa vivência para outros cantos.”

Para ele, quem entra na competição, não entra só para ganhar. Mas entra com o corpo e alma para algo além da adrenalina: querem uma construção maior, conseguir “um legado de vivência e aprendizagens que esses encontros provocarão. Tem a competição, tem este visitar territórios e tem essas possibilidades de ir para longe, ver outras histórias.”

E, por isso mesmo, não devemos pensar em “vantagem.” Criolo acredita no potencial de cada representante trazer a vivência e musicalidade da sua parte do mundo – e o Brasil, com “um brilho especial e um jeito único de construir arte e música” – também o fará. É um desafio, acredita, montar “um recorte de um tipo de necessidade. Mas a construção é contínua, pois quem ama música carrega essa construção para vida toda.”

Criolo vê isso acontecendo no Brasil, também, com a ascensão do rap nas paradas musicais, e a expansão do estilo para todos os cantos do país: “É maravilhoso e necessário! São múltiplos sotaques, múltiplas óticas de um Brasil mais amplo,  são energias que se complementam. O número de pessoa ouvindo rap vai crescer mais e mais e as suas novas sequências e subdivisões, pois tem muita emoção e verdade no sonho e naquilo que se quer de futuro.”

Por isso, enfatiza a importância de mostrar todo esse som cheio de brasilidades no Musicians Wanted. Mesmo para quem possa estar receoso. “É uma oportunidade maravilhosa de fazer o som chegar para mais gente, [levar] historiais e vivências de cada artista. Esse escambo de conhecimento, esse acessar novos territórios de um mesmo país/continente pela música […]  é algo mágico. Todos temos muito a aprender com esse novo, que não apenas se aproxima, mas é realidade.”

Isso é, afinal, o almejo dele e da Vans: “A equipe organizando [o Musicians Wanted no Brasil] está com a mente livre para aprender junto nesse processo. Dão suporte de construção de uma arte genuinamente nossa; mesmo com as influências mundiais sempre presentes, o nosso povo tem um jeito original e genuíno musical que deixa impressa essa marca.”

Fonte : RollingStone

 

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