sexta-feira, julho 4, 2025
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Um complexo de skate com padrão olímpico no Parque da Cidade

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GDF vai construir área para 300 mil praticantes da modalidade; representante do Brasil em Tóquio, atleta Felipe Gustavo, é recebido pelo governador

Um dos maiores parques urbanos do mundo, o Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek vai ganhar um complexo desportivo – com padrões olímpicos – para a prática de skate. O projeto com duas pistas, vestiários e área de convívio foi apresentado ao governador Ibaneis Rocha na terça-feira (22), durante encontro com o skatista da seleção brasileira em Tóquio, Felipe Gustavo, no Palácio do Buriti.

Segundo um dos autores do projeto, o arquiteto Márcio Comas, o desenho do conjunto segue o traçado original de Burle Marx para o espaço, pensado para a prática desportiva| Imagem: Reprodução

A ideia é criar um espaço para a prática do esporte que, pela primeira vez na história, estará incluído no grupo de modalidades nos Jogos de Tóquio 2021. As duas pistas serão construídas nas proximidades do Estacionamento 4 – em frente à Hípica e ao Gibão – e vão contemplar pelo menos três estilos de skate: Street, Park e Downhill. “Vamos levar isso adiante”, afirmou Ibaneis, ao confirmar a execução da obra.

“Queremos recuperar e dar vida a uma área de convívio do parque que terá grande potencial de reunir frequentadores e praticantes de skate”Márcio Comas, um dos autores do projeto

Os custos ainda serão calculados a partir do projeto executivo da Diretoria de Parques e Espaços Livres da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, já que não se trata de uma obra padrão. Um dos autores do projeto, o arquiteto Márcio Comas, diz que o desenho do conjunto segue o traçado original de Burle Marx para o espaço, pensado para a prática desportiva.

Um painel de azulejos inspirados nos painéis de Athos Bulcão para compor a entrada dos vestiários foi desenhado pelo mesmo arquiteto que planejou as placas de endereçamento de Brasília, Danilo Barbosa. No bloco de apoio haverá ainda lanchonete, uma sala de equipamentos e outra da administração. “Queremos recuperar e dar vida a uma área de convívio do parque que terá grande potencial de reunir frequentadores e praticantes de skate”, explica Comas.

De acordo com a Administração do Parque da Cidade, estudos já realizados apontam que não haverá impacto ambiental no Plano de Ocupação do Parque. A impermeabilização do piso, inclusive, será feita somente na área delimitada para as pistas.

“Vamos levar isso adiante”, afirmou Ibaneis, ao confirmar a execução da obra| Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Eventos e competições

“Cresci andando de skate no Parque da Cidade, mas cheguei às Olimpíadas sem ter uma pista em condições para treinar aqui”Felipe Gustavo, 30 anos, atleta olímpico

Presidente da Federação de Skate, Warleiton Leitão disse que cerca de 300 mil pessoas praticam o esporte no Distrito Federal. “Ter um espaço como esse vai atrair eventos nacionais e mundiais para a cidade”, aposta a secretária de Esportes Giselle Ferreira. Ela completa dizendo que o governo planeja a reforma de outras pistas nas 33 regiões administrativas, a exemplo do que será feito na Quadra 01 do Setor Norte do Gama, em fase de licitação.

O secretário de Economia, André Clemente, também participou do encontro com o atleta olímpico Felipe Gustavo no gabinete do governador. Para ele, a ação é um estímulo à prática esportiva e pode se transformar em grandes benefícios sociais. “Tira muitas crianças da rua com a inclusão no esporte”, ressalta.

Nascido e criado no Guará, Felipe Gustavo, 30 anos, ficou entusiasmado com a chance de ver sair do papel a construção do complexo desportivo pelo GDF. “Cresci andando de skate no Parque da Cidade, mas cheguei às Olimpíadas sem ter uma pista em condições para treinar aqui”, afirmou ele, que atualmente mora nos Estados Unidos e competirá em Tóquio pela Seleção Brasileira de Skate.

Fonte: Agencia Brasília

“SAUDADE DE UM ABRAÇO NÉ MINHA FILHA?!”

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Drauzio Varela e Globo são condenados a pagar R$ 150 mil a pai de menino assassinado

Foram condenados por danos morais após a entrevista com Suzy Oliveira exibida pelo “Fantástico” em março de 2020.

Suzy foi condenada pelo homicídio de uma criança de nove anos. A ação contra a emissora e o entrevistador foi movida pelo pai do menino.

Suzy de Oliveira, presa por estupro e assassinato de uma criança. Foto: divulgação

A decisão judicial em primeira instância foi assinada pela juíza Regina de Oliveira Marques, do Tribunal de Justiça de São Paulo. O processo aponta que o pai da criança “sofreu novo abalo psicológico ao reviver os fatos” após ser procurado pela imprensa para voltar a falar sobre o tema.

Por todo o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido inicial para condenar solidariamente os requeridos ao pagamento ao autor de indenização por danos morais no importe de R$ 150.000,00 devidamente corrigido e acrescido de juros de 1% ao mês, ambos desde a data da sentença até o efetivo pagamento.

Na ação, o autor da ação diz que, após a transmissão da matéria, Suzy recebeu “piedade social”, enquanto que ele sofreu novo abalo psicológico por reviver os fatos.

A juíza entendeu que a reportagem foi negligente, ao não ter tido o “discernimento de procurar conhecer os crimes cometidos por seus entrevistados”, e que o conteúdo causou “desassossego do autor e situação aflitiva com implicação psíquica”.

“Qualquer expectador foi induzido erroneamente a acreditar que os entrevistados seriam meras vítimas sociais, devendo ser ressaltado que, mesmo se tratando os entrevistados de autores de crimes contra o patrimônio e sua sexualidade, não implicaria em serem assim tratados, já que perniciosos à sociedade como um todo”, postulou a juíza.

O departamento de comunicação da TV Globo afirmou que a emissora não se manifesta sobre casos em julgamento.

O assunto repercutiu nas redes sociais na semana posterior ao programa, após o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) divulgar documentos judiciais que apontam que Suzy foi condenada pelo homicídio da criança.

Em março de 2020, Drauzio Varella divulgou uma nota em suas redes sociais onde afirma “ser médico e não juiz” ao responder às críticas motivadas pelo abraço em Suzy Oliveira durante a reportagem.

Por: Junim 10B

Cerca de 400 mil doses aguardam população para segunda dose

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AstraZeneca e CoronaVac para aplicação em julho já estão reservadas; Saúde alerta população para completar a imunização contra a covid-19

Para cerca de 200 mil brasilienses, está chegando a hora de voltar aos pontos de vacinação, no mês de julho, para receber a segunda dose das vacinas CoronaVac e AstraZeneca aplicadas nos meses de abril e junho. As doses para este público já estão reservadas na Rede de Frio Central. A Secretaria de Saúde orienta a todos que receberam a primeira dose do imunizante na capital que vejam o cartão de vacina e se dirijam aos locais de vacinação nas datas indicadas.

Para o mês de agosto, outras 200 mil pessoas deverão procurar, totalizando aproximadamente 400 mil doses aplicadas em dois meses, somente de D2.

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, ressalta que o alcance de um público tão significativo nesse período deve ser creditado ao trabalho intenso e organizados dos profissionais de saúde da rede pública.

“Como as vacinas chegaram em uma quantidade mais relevante nos últimos dias, ficou comprovado que a secretaria tem planejamento adequado e profissionais qualificados para executarem o processo de vacinação com rapidez e qualidade”, acrescentou Okumoto.

Para o mês de agosto, outras 200 mil pessoas deverão procurar, totalizando aproximadamente 400 mil doses aplicadas em dois meses, somente de D2 | Foto: Divulgação/Secretaria de Saúde

Ele reforça que “é de extrema importância completar o ciclo vacinal, com as duas doses, para garantir a imunização contra a covid-19. Os fabricantes da CoronaVac e da AstraZeneca recomendam a aplicação de duas doses respeitando os intervalos, então, temos que seguir o que é indicado e voltar aos pontos de vacinação”.

A aplicação do reforço está garantida no Distrito Federal graças ao planejamento de toda a equipe que cuida diretamente do processo de vacinação.

A secretaria lembra que as doses reservadas para segunda aplicação não serão utilizadas para D1, como alguns municípios brasileiros fizeram e enfrentaram falta de vacinas para completar a imunização da população.

Mais doses recebidas

Atualmente, constam no estoque da Rede de Frio Central um total de 196.760 imunizantes para serem aplicados como segunda dose (D2), sendo 16.220 de Coronavac e 180.540 mil de AstraZeneca.

Parte desse total chegou no último dia 20, quando o DF recebeu 96.750 doses de AstraZeneca, todas destinadas para aplicação como D2. O quantitativo somou-se ao que já estava na Rede de Frio e vai dar sequência à vacinação de segunda dose para o mês de julho.

Em agosto, a previsão é aplicar 194.946 doses de D2 sendo que cerca de 37 mil são doses da Pfizer/BioNTech e o restante de AstraZeneca. Esse número pode aumentar, a depender da chegada de mais doses da vacina CoronaVac em julho que, sendo aplicadas naquele mês, o reforço será administrado em agosto.

Intervalos

As três vacinas atualmente em uso no Distrito Federal são aplicadas em duas doses. Ainda não disponível no DF, apenas a da farmacêutica Janssen, empresa do grupo Johnson & Johnson, é administrada em dose única. A segunda dose deve ser aplicada no intervalo de até 28 dias no caso da CoronaVac/Butantan e de 12 semanas para AstraZeneca/Fiocruz e Pfizer/BioNTech.

* Com informações da Secretaria de Saúde

“ROTA BRASÍLIA CAPITAL DO ROCK” É O DESTAQUE DO PROGRAMA “É PAPO FIRME” DESTA QUINTA

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O programa É PAPO FIRME desta quinta-feira, 17 de junho, das 20h às 21h, na Rádio Federal, vai receber o músico Philippe Seabra, guitarrista e vocalista da banda Plebe Rude, e a secretária de Turismo do GDF, Vanessa Mendonça, para falar sobre o circuito turístico “Rota Brasília Capital do Rock”.

O objetivo do circuito “Rota Brasília Capital do Rock” é resgatar e valorizar espaços empresariais e/ou culturais que fazem parte da história das bandas de rock do Distrito Federal.

“Queremos saber sobre o mapeamento feito pela Secretaria de Turismo, que contou com a ajuda do Philippe Seabra, e quais são os 37 pontos do circuito. É importante que a história do rock brasilense seja respeitada, resgatada e preservada para as atuais e futuras gerações”, disse Luciano Lima, apresentador e produtor do programa É PAPO FIRME.

Como ouvir o programa? Nas diversas plataformas disponibilizadas pela Rádio Federal: canal do YouTube, Fanpage no Facebook, aplicativo gratuito nas lojas virtuais e pelo site www.portalfederal.com.br

O programa É PAPO FIRME é produzido e apresentado pelo jornalista e radialista Luciano Lima. A co-produção e o apoio técnico é de Idovan Araújo.

Link YouTube do programa (PROGRAME/ATIVE O SININHO):

Fonte: Rádio Federal

Teste do pezinho identifica mais de 40 doenças diferentes

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O exame mostra maior possibilidade de doenças congênitas, raras e metabólicas

Por Pollyana Cabral – Especial para o Portal Federal

É fundamental que todos os recém-nascidos realizem o teste do pezinho. Também conhecido como triagem neonatal, o exame deve ser realizado entre o segundo o e quinto dia de vida do bebê. O teste é feito a partir de uma amostra de sangue retirada do calcanhar do recém-nascido e é capaz de rastrear precocemente doenças congênitas, raras e metabólicas. Essas enfermidades, caso não tratadas adequadamente, podem gerar sérios problemas na vida das crianças.

“O teste do pezinho tem o objetivo de detectar doenças progressivas que podem ter desfechos muito graves. Essas doenças afetam o desenvolvimento físico e mental e podem levar até a morte. Com esse diagnóstico, garantimos uma melhor qualidade de vida para as nossas crianças. O teste pode ser realizado 24h após o nascimento”, explica a pediatra da Maternidade Brasília Sandi Sato.

Esta avaliação é encontrada tanto na rede pública quanto na privada e aborda a avaliação de mais de 40 enfermidades. Entre elas: Anemia falciforme, fibrose cística hiperplasia adrenal congênita, toxoplasmose e hipotireoidismo congênito.

“O teste do pezinho é obrigatório para todos os recém-nascidos. O Ministério da Saúde garante o teste básico e é possível encontrar outras versões na rede privada”, garante a médica.

O teste fica pronto em cerca de 15 a 25 dias. O prazo depende do perfil de cada teste, que pode incluir mais ou menos exames. “Os exames que sempre estão presentes são o do hormônio tireoidiano, cromatografia de aminoácidos, atividade de biotinidase, hemoglobinopatias, 17OH progesterona e tripsina imunorreativa”, conta a pediatra e Diretora Médica da Dasa Natasha Slhessarenko. “Caso haja alguma alteração nos exames, há nova coleta para confirmar os resultados. O teste do pezinho é altamente sensível, e pode dar alguns resultados falsamente positivos justamente para não deixar passar indetectada nenhuma doença”, continua.

Sandi Sato ainda destaca que, uma vez tendo o diagnóstico confirmado, o tratamento é iniciado imediatamente. “A depender da doença, além do tratamento pediátrico, pode ser preciso a atuação de uma equipe multidisciplinar para garantir doses adequadas dos tratamentos. Quanto mais cedo iniciada a intervenção, maior é o sucesso no desenvolvimento dessa criança. Ela ganha a chance de ter uma vida completamente normal como qualquer outra criança. É um teste relativamente simples e que garante uma melhor qualidade de vida desde a infância”, finaliza a pediatra.

Por Pollyana Cabral – Jornalista e Assessora de Imprensa Dasa Brasília

Os 30 discos mais importantes de 1991

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Olhando três décadas para trás,  celebramos os álbuns que ainda hoje fazem a diferença na música

É fácil argumentar que não houve ano tão marcante para a música recente como 1991, simplesmente pela grande quantidade de acontecimentos relevantes ocorridos em um período tão curto.

Observando 30 anos atrás pelas lentes de hoje, parece incrível que aqueles 12 meses tenham gerado tantos álbuns importantes e resistentes ao tempo. Não foi apenas o rock de guitarras que ganhou um revigorante sopro de vida com Nevermind do Nirvana, liderando a onda alternativa de ruídos e lamentações vindas de cantos chuvosos dos EUA e Reino Unido. Ou o heavy metal, que se expandia para além de sua bolha de fãs cabeludos com o disco homônimo do Metallica, e em menor grau, com o Sepultura. Gigantes indestrutíveis da década anterior, Michael Jackson, Guns N’ Roses, U2 e Prince tentavam se adaptar à nova era, o mesmo ocorrendo no Brasil com o Titãs e o Legião Urbana. Já ousadias estéticas como as propostas por My Bloody Valentine e Massive Attack continuam celebradas até hoje.

1991 foi tudo ao mesmo tempo agora, e por essas e outras, é um ano que merece o olhar especial da Rolling Stone Brasil três décadas depois. Estes são 30 dos discos mais importantes de 1991, organizados por ordem de lançamento.

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Dinosaur Jr. – Green Mind

Green Mind talvez seja mais lembrado por sua icônica imagem de capa fotografada por Joseph Szabo, aquela da menina fumando na praia. Mas também foi a estreia do Dinosaur Jr. em uma grande gravadora, além de o primeiro sem a presença do membro-fundador Lou Barlow (o que significa que quase tudo no disco foi tocado pelo vocalista-guitarrista J. Mascis). Coincidência ou não, Green Mind foi o trabalho do Dinosaur Jr. que sinalizou uma verve mais pop e acessível, pavimentando o caminho para as beiradas do mainstream consolidado nos dois álbuns seguintes – também gravados solitariamente por Mascis.  Lançado em 19/2/1991

 


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R.E.M. – Out of Time

Após seis discos consistentes lançados em seis anos e o atestado de qualidade das exigentes rádios universitárias, o R.E.M. carregava um status confortável de banda queridinha no restrito circuito do rock alternativo. A intenção era chegar mais longe (ou talvez o plano original nem fosse tão ambicioso), mas Out of Time fez do R.E.M. uma unanimidade global, feito notável em se tratando do ano em que o Nirvana se preparava para derrubar Michael Jackson do olimpo do pop. E no caso do R.E.M., todo mérito é de “Losing My Religion”, provavelmente o único caso de canção movida a riff de bandolim a habitar os topos das paradas. Lançado em 12/3/1991


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Marisa Monte – Mais

Após uma reveladora estreia gravada ao vivo e lançada dois anos antes, o segundo disco de Marisa Monte (este sim, feito em estúdio) era aguardado com antecipação curiosa por público e a crítica. Mais confirmava a tendência da cantora em buscar referências na brasilidade musical de outras eras e regiões, enquanto exibia amplitude criativa nas parcerias com amigos titãs Nando Reis e Arnaldo Antunes. Com a onipresente “Beija Eu” e o dueto com Ed Motta em “Ainda Lembro” como carros-chefes, o álbum foi crucial para estabelecer os pilares do bem-sucedido “universo particular” no qual Marisa habita até hoje. Lançado em 13/3/1991

 

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Sepultura – Arise

O Sepultura ainda era mais conhecido no exterior do que no Brasil antes de Arise. Neste primeiro álbum gravado fora do país, o quarteto de Belo Horizonte prenunciava seu afastamento dos clichês que permeavam o thrash metal. Os vocais guturais de Max Cavalera e a velocidade supersônica dos riffs permaneciam afiados, mas lampejos de grooves e experimentos apontavam para intenções ousadas, atingidas com perfeição em Chaos A.D. (1993) e Roots (1996).  Os “jungle boys” despontavam como a promessa mais vibrante da música pesada da época, muito porque a energia apocalíptica de Arise escancarou o caminho. Lançado em 2/4/1991

 


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Massive Attack – Blue Lines

A estreia notável do grupo britânico de música eletrônica já soava à frente de seu tempo em 1991. Uma descompromissada mistura de gêneros e moods criou o primeiro grande álbum da década a definir o conceito da “ambiência cool” que imperou nas pistas nos anos seguintes. Blue Lines fundamentou o trip hop como o conhecemos, amarrando melodias dramáticas a batidas de hip hop com elementos de eletrônica e instrumentação orgânicas, numa mistura tão indescritível quanto envolvente. Se hoje o Massive Attack é cultuado como peça rara na música, é porque sua estreia ainda ecoa tão impactante quanto foi na época. Lançado em 8/4/1991


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Temple of the Dog – Temple of the Dog

Produzido um ano antes do estouro do grunge, o disco homônimo do supergrupo de Seattle é o resultado de uma tragédia: a morte por overdose de Andrew Wood, líder do Mother Love Bone. Homenageando o amigo, o cantor Chris Cornell escreveu músicas e convidou  conterrâneos para gravá-las – o baterista Matt Cameron, colega no Soundgarden, além do núcleo do que viria a se tornar o Pearl Jam, Mike McCready, Jeff Ament e Stone Gossard (os dois últimos, parceiros de Wood no MLB). Houve ainda um desconhecido chamado Eddie Vedder, fazendo backing vocals momentos antes de ocupar o lugar à frente do Pearl Jam. Apesar do contexto melancólico de sua concepção, o álbum envelheceu bem e ganhou novo sentido. Hoje, deve ser apreciado como um atestado do virtuosismo do também saudoso Cornell. Lançado em 16/4/1991

 

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Primus – Sailing the Seas of Cheese

O Primus sempre chamou a atenção pela extravagância estética (um trio de caras estranhos, capas enigmáticas, títulos bizarros), mas principalmente por sua música ser de impossível descrição. Também não é fácil apreciar a banda pelos motivos certos (a absurda qualidade dos músicos, por exemplo), mas por razões difíceis de explicar, a voz de cartoon de Les Claypool envolvida por riffs martelados de baixo de seis cordas soa como se fizesse sentido. Tiradas as estranhezas, Sailing the Seas of Cheese representa um Primus acessível como raramente se mostraria. A irresistível “Jerry Was a Race Car Driver” permanece um hit por sua presença no game Tony Hawk’s Pro Skater. Mesmo sem esse impulso, imagina-se que tal perfeição pop ganharia eternidade de qualquer forma. Lançado em 14/5/1991

 


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The Smashing Pumpkins – Gish

A estreia da banda de Billy Corgan não proporcionou hits memoráveis ou chegou perto do sucesso global dos dois discos seguintes, Siamese Dream (1993) e Mellon Collie and the Infinite Sadness (1995). Mas todos os elementos essenciais que levariam o Smashing Pumpkins ao panteão do tal “rock alternativo” já aparecem expostos em Gish: as guitarras rasgadas e encharcadas de fuzz, a batida cheia de personalidade de Jimmy Chamberlin e as melodias suaves e perigosas de Corgan, que não raro precedem um solo gritado em fúria… até o próximo momento de calmaria. Lançado em 28/5/1991


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Mudhoney – Every Good Boy Deserves Fudge

Talvez o menos conhecido dos nomes de Seattle alavancados pela explosão do Nirvana, o Mudhoney foi o que mais lutou contra seu próprio sucesso: a atitude “anti pop” parecia extrema até se comparada ao desleixo com que Kurt Cobain tratava a fama. Mas se o Mudhoney não quis ser alçado aos dramas do estrelato como os vizinhos,  não foi porque as músicas pecavam em qualidade. Sem querer (querendo?), Every Good Boy Deserves Fudge revela uma banda com um ímpeto incontido de criar hits divertidos e sob medida para saudosos mosh pits encharcados de suor. Lançado em 26/7/1991

 


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Metallica – Metallica

O Metallica foi chamado de “vendido” pelos fãs antigos quando seu Álbum Preto alcançou o topo das paradas, mas a banda não reclamou, pelo contrário. O maior disco de metal de todos os tempos (pelo menos em vendas – mais de 25 milhões de cópias e contando) mostra músicos maduros em mares suaves já navegados, além de exalar uma franqueza que contribuiu na conquista de fãs em outros territórios musicais. Nenhuma faixa é rápida ou pesada demais para espantar novos seguidores, e a durabilidade de clássicos como “Enter Sandman”, “The Unforgiven” e “Nothing Else Matters” denota um ápice em composição pop que jamais seria alcançado no gênero, nem pelo próprio Metallica. Lançado em 12/8/1991

 


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Blur – Leisure

A estreia em disco do Blur costuma ser renegada pelos seus próprios criadores, entre eles o frontman Damon Albarn. Apesar dos defeitos, Leisure traz em seus bons momentos as faíscas dançantes que o quarteto britânico refinaria até a perfeição anos mais tarde, experimentando o suficiente para se diferenciar das sonoridades de outros rivais do britpop (o Oasis que o diga). O clipe de “There’s No Other Way” e sua representação surrealista de um almoço inglês em família deve ter habitado muitos pesadelos juvenis daquela época. Lançado em 26/8/1991

 

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Pearl Jam – Ten

Enquanto o Nirvana provava que era possível dominar e ao mesmo tempo destruir o mundo, o Pearl Jam, mais conciliador (mas não menos indignado), parecia prometer uma antecipada reconstrução. Para isso, nenhum cartão de visitas teria sido melhor do que Ten, um álbum de estreia dos sonhos para qualquer banda baseada em guitarras e melodias, ainda mais em um ano tão saturado de ruídos e dissonâncias como foi 1991. “Alive”, “Even Flow”, “Jeremy” e “Black” permanecem como os hinos de uma geração que parece ter perdido as esperanças, mas guarda com carinho o espírito de bons tempos que não voltam mais. Lançado em 27/8/1991

 


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Guns N’ Roses – Use Your Illusion I & Use Your Illusion II

A maior banda de rock da segunda metade dos anos 1980 estava determinada a dominar também a década seguinte. Para isso, as armas do Guns N’ Roses foram pesadas, para dizer o mínimo: dois álbuns duplos lançados no mesmo dia, totalizando 30 canções, metade delas épicos de mais de 5 minutos. A estratégia megalomaníaca funcionou para vender discos (mais de 35 milhões de cópias) e estabelecer clássicos (“November Rain”, “Don’t Cry”, “Estranged” “You Could Be Mine”), mas é inegável que o processo de desintegração da banda de Axl Rose começou a partir daí. Lançados em 17/9/1991


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Ozzy Osbourne – No More Tears

Parecia que Ozzy Osbourne não tinha mais lenha para queimar ao lançar No More Tears no mesmo dia em que o Guns N’ Roses colocou dois álbuns nas lojas. Amparado por um Zakk Wylde solto e inspirado na guitarra e a contribuição do eterno motörhead Lemmy Kilmister em algumas letras, Ozzy ressurgiu renovado e alinhado ao momento musical da época, ressignificando sua imagem de lenda viva desgastada após uma década de excessos. De volta ao mainstream do rock, é como se o Príncipe das Trevas estivesse satisfeito e confortável, finalmente no lugar em que merecia. Lançado em 17/9/1991

 


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Hole – Pretty on the Inside

Se o Hole permaneceu em evidência em relação a outras bandas femininas surgidas na virada da década, é porque era a única a trazer Courtney Love como líder e letrista. Ser mais lembrada como “a viúva de Kurt Cobain” não faz justiça à qualidade da música que sua banda produziu em três  álbuns nos anos 1990. A poesia de Courtney se equipara à persona pública com a qual é normalmente reconhecida: crua, dolorida e sincera. Os melhores momentos do Hole estariam por vir, mas as sementes foram plantadas em Pretty on the InsideLançado em 17/9/1991 

 


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Primal Scream – Screamadelica

O Primal Scream mudou sua sonoridade calcada no rock de guitarras, tirando das raves a inspiração para Screamadelica, o perfeito disco para roqueiros não terem vergonha de dançar até o cansaço. Seus longos épicos viajandões com camadas de instrumentos, coros gospel e percussões soam como se os Rolling Stones viajassem no tempo dos anos 1970 até os 90, mas ao melhor estilo Benjamin Button, ressurgissem mais jovens e experimentadores. Pode soar datado em uma audição desatenta, mas experimente tocá-lo para uma pista de dança veterana para ver se não funciona. Lançado em 23/9/1991


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Pixies – Trompe Le Monde

Talvez a banda que mais inspirou o Nirvana (Kurt Cobain que o diga), o Pixies definitivamente não vivia seu melhor momento interno em 1991. O quarto disco, Trompe Le Monde, tinha potencial para ser considerado o melhor de uma carreira curta e incendiária, mas por mais de uma década acabou sendo lembrado apenas como “o último” – o que só mudou quando a banda lançou o esquecível Indie Cindy em 2015, após longo hiato e sem Kim Deal no baixo. Trompe Le Monde já merecia um carinho maior por ser o último registro em estúdio do Pixies clássico, mas mais do que isso, é a confirmação do auge técnico da banda que definiu a sonoridade dos anos 1990 bem antes de a década começar. Lançado em 23/9/1991

 


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Titãs – Tudo Ao Mesmo Tempo Agora

O álbum mais polêmico da banda paulistana representa também o fim de uma era: Tudo Ao Mesmo Tempo Agora foi o último da chamada “formação clássica” do octeto (o vocalista Arnaldo Antunes deixou a banda logo em seguida). “Clitóris”, “Saia de Mim” e “Isso Para Mim é Perfume” mostram uma crueza escatológica do qual o Titãs não se aproximaria tanto mais no futuro, mas também representam a busca inconsciente por uma sonoridade e estética bem alinhadas com o que era produzido no rock fora do país. Lançado em 23/9/1991


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Nirvana – Nevermind

“Melhor, importante, genial, influente, revolucionário”: dificilmente o nome Nevermind não vem acompanhado de um desses adjetivos, ou de todos ao mesmo tempo. Em pleno 2021, ninguém discorda de que o segundo álbum do Nirvana seja tudo isso e mais um pouco, mesmo que a crítica especializada não tenha chegado perto de tal conclusão quando foi lançado. Nós, o público, fomos atraídos magneticamente pelo “disco do bebê nadando pelado”, a cada momento descobrindo novas pérolas nas profundezas daquelas águas azuis. “Smells Like Teen Spirit” fez boa parte do trabalho, mas havia muito mais em Nevermind do que qualquer um estava preparado no não tão longínquo 1991. A atual beatificação de Kurt Cobain (e do Nirvana) e a consideração de Nevermind como o grande acontecimento musical daquela geração diz muito sobre como vemos o passado recente: antigamente, a qualidade pura e sincera das canções era o que nos bastava. Éramos felizes e sabíamos. Lançado em 24/9/1991

 

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Soundgarden – Badmotorfinger

A mais pesada das bandas do movimento de Seattle cometeu seu álbum definitivo em 1991, mesmo que não tenha sido o mais vendido ou ouvido. Os riffs de metal encharcam a raiva incontida nos gritos de anjo de Chris Cornell (de morar em um lugar que chove o tempo todo, talvez?), com sucessos potentes e melódicos como “Rusty Cage”, “Outshined” e “Jesus Christ Pose”. Com essas e outras, o Soundgarden se deu ao luxo de não permitir comparações com bandas de sonoridade mais mansa vindas da mesma região. Naturalmente, o próprio Soundgarden ficou mais manso com o passar dos anos e mais gente teve contato com o talento de Cornell, pelo Audioslave e outros projetos que tiveram a sorte de ter sua voz. Lançado em 24/9/1991

 


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Red Hot Chili Peppers – Blood Sugar Sex Magik

O RHCP já era um veterano com quatro discos nas costas e muitos dramas em 1991, mas foi Blood Sugar Sex Magik o fator responsável por arremessar a banda californiana aos holofotes do mainstream… para nunca mais sair. A produção cristalina de Rick Rubin e a onipresença da MTV na época ajudaram um tanto, mas é a durabilidade dos hits que dá ao álbum sua bizarra aura de eternidade, como se “Under the Bridge”, “Give it Away” e “Suck My Kiss” tivessem sido lançadas no último verão, e não há trinta anos. E os clipes são ótimos. Lançado em 24/9/1991


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A Tribe Called Quest – The Low End Theory

O segundo álbum do A Tribe Called Quest trouxe uma então pouco explorada mistura de hip hop e jazz que o gênero precisava, não por coincidência, alinhado perfeitamente ao mood boa-praça do hoje extinto quarteto nova-iorquino (o rapper Phife Dawg morreu em 2016). A linha grave do lendário baixista de jazz Ron Carter em “Verses From the Abstract” é uma das pérolas de The Low End Theory, uma instigante e relaxada experiência de contestação, irresistível para a época e que ainda agora soa ótimo. Lançado em 24/9/1991

 

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Prince – Diamonds & Pearls

Prince fazia o que bem entendesse em seus discos, e Diamonds & Pearls é a mais plena exibição da falta de compromisso com as expectativas ao seu redor, além de confirmar que não havia tema proibido a ser abordado nas canções (a ambientação erótica de “Gett Off” e “Cream” é chocante ainda hoje). No último álbum antes de mudar seu nome para um símbolo ilegível, o artista então conhecido como Prince realizou o que soube fazer de melhor: ousar, arriscar e sair da zona de conforto, criando sucessos que nos fazem dançar até hoje. Lançado em 1/10/1991

 


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My Bloody Valentine – Loveless

Ouvidos desatentos podem perceber Loveless como um disco instrumental de noise lançado ontem por uma banda qualquer. Mas há algo mágico nas camadas de ruídos impossíveis arquitetadas pelo guitarrista Kevin Shields, o maestro-gênio do My Bloody Valentine. A zoeira orquestrada e hipnotizante emociona e gera a atmosfera ideal para a incompreensível pureza do canto de Bilinda Butcher. Cultuado e ousado ainda hoje, Loveless é a obra-prima de uma banda que inspirou incontáveis outras a descobrirem a beleza melódica na feiura do barulho. Lançado em 4/11/1991


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Teenage Fanclub – Bandwagonesque

As guitarras do Teenage Fanclub são sujas, mas a doçura das melodias e coros afinados não conectou esteticamente a banda escocesa à reverberação deprimida que ocorria ao mesmo tempo na Costa Oeste dos EUA. Em seu mundo particular de acordes abertos rasgados, declarações de amor puras e versos cantados a dois ou três, o quarteto cometeu em Bandwagonesque seu trabalho mais memorável. Se os ganchos irresistíveis de power pop exalam frescor após 30 anos, talvez seja por carregarem a pureza ingênua que hoje faz falta no rock. Lançado em 4/11/1991

 

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Caetano Veloso – Circuladô

Alguma coisa estava fora da ordem mundial na entrada dos anos 1990, e Caetano Veloso sabia disso. Prestes a completar 50 anos, o camaleão da MPB ousou nas cores e referências em um de seus trabalhos mais cerebrais e interessantes. Reunindo poesia (a letra de “Circuladô de Fulô” é adaptada dos versos do concretista Haroldo de Campos), ritmos brasileiros e ruídos analógicos e eletrônicos, Circuladô nos reapresentou a um artista veterano ainda criativo e sem medo de errar. Três décadas depois, Caetano continua se reinventando. Lançado em 11/1991 

 


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U2 – Achtung Baby

Poucas bandas grandes se permitiram uma transformação tão transgressora como a do U2 na virada da década de 1980 para 90. Cansados da aura quase messiânica esculpida por hinos sóciopolíticos fáceis de cantar junto, o quarteto irlandês ofereceu em Achtung Baby quase o oposto: um manifesto musical introspectivo e sincero, ainda que carregado de ironia e sem abandonar sua típica eloquência grandiosa. Não por acaso, mais da metade das músicas do álbum são hits entre os fãs e presenças garantidas nos shows ainda megalomaníacos. O U2 já era o maior, e com Achtung Baby, continuava a não enxergar nada à frente. Lançado em 19/11/1991


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Michael Jackson – Dangerous

Chega a ser injusto que Dangerous seja lembrado por ter perdido o topo da parada norte-americana para um então desconhecido Nevermind  – o que é de fato histórico e digno de ser relembrado. Musicalmente, o oitavo álbum solo de Michael Jackson mereceu por si só a atenção que recebeu, ainda que com a obrigatória contribuição de diversos clipes de apelo popular. Na época, ninguém ousou prever que seria o último trabalho notável do “Rei do Pop” antes do declínio (documentado exageradamente, por sinal). Justiça seja feita, Dangerous conserva hoje o valor artístico de quando foi lançado. Lançado em 26/11/1991

 

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Legião Urbana – V

Após quatro álbuns repletos de hits radiofônicos, sinceros e duradouros, V representou uma guinada brusca para o Legião Urbana, introspectivo e filosófico como nunca. Com canções longas (“Metal Contra as Nuvens” tem mais de 11 minutos), instrumentais densos e um ou outro refrão para embalar rodas de violão, V foi o mais próximo de um álbum progressivo que a banda de Brasília foi capaz de realizar. Renato Russo declarou que o disco é “lento de propósito”, para representar o tédio do momento, mas a verdade escondida era nada benigna: o cantor havia sido diagnosticado com aids um ano antes. Lançado em 15/12/1991 

 

Fonte: RollingStone

Cabify deixa o mercado brasileiro

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Crise sanitária e econômica causadas pela pandemia fizeram empresa decidir em maio pelo fim das operações em território brasileiro

“Não queríamos que este dia chegasse, mas amanhã é 14 de junho, o dia em que deixamos de operar no Brasil. É o último e-mail que lhe enviamos, por isso vamos aproveitar esta oportunidade para lhe agradecer”, afirmou a empresa ontem, em comunicado para os usuários do aplicativo.

À Exame, a empresa anunciou a decisão ainda em maio, afirmando que o mercado brasileiro estava sendo gravemente afetado pela crise sanitária e econômica do país, causadas pela pandemia de Covid-19. Com o cenário tão ruim, a empresa preferiu sair por não conseguir manter o nível de atuação que pretendia oferecer para seus motoristas e clientes.

A empresa chegou ao Brasil em 2016, comprando a brasileira Easy para solidificar sua participação no país. A pandemia, porém, trouxe problemas e necessidades, como o distanciamento social e o fechamento de comércios não essenciais. Com isso, viagens por aplicativos de viagens se tornaram cada vez mais escassas, e até mesmo a líder do segmento, a Uber, se viu afetada globalmente pela pandemia.

Fonte: B9

AUTORIDADE NUNCA FOI AUTORITARISMO – AUTORIDADE É AMOR

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Artigo/Opnião

Por Luciano Lima

A convivência harmônica entre pais e filhos em um mundo globalizado e com as distâncias encurtadas pelo avanço da tecnologia, principalmente da internet, é um dos grandes desafios da família dos dias atuais.

Entendo que o papel da família, mesmo com os avanços de uma sociedade moderna, não mudou. As drogas, a violência, o “TER” subjugando o “SER” e o comportamento de manada com regras ditadas pela internet, considerada “terra de ninguém”, são os grandes inimigos daqueles que não encontram (ou não querem encontrar) no diálogo uma arma poderosa contra a desestruturação do ambiente familiar.

Antes achávamos que os grupos de amigos eram capazes de despersonalizar o adolescente. A necessidade de aceitação no meio social e a sensação de pertencimento a um determinado grupo levavam os jovens a agirem dessa forma. Os mundos das famílias e dos amigos estavam muito distantes. Éramos felizes e não sabíamos! E, agora? A internet diminuiu distâncias e fez com que o distanciamento se tornasse muito maior. A receita é antiga, mas funciona. A solução está no diálogo aberto dentro de casa e na inclusão dos ambientes da internet ao ambiente familiar.

Infelizmente, o ambiente escolar não tem contribuído, como já o fez outrora, para a formação de jovens com personalizada forte. A falta de regras é escandalosa. Até por experiência própria, posso afirmar que houve tempos em que fugir da sala de aula exigia um grande planejamento e inteligência. Não era qualquer um que tinha coragem de cometer tamanho “crime”. Isso mesmo! Houve tempo em que transgredir ajudava na formação da personalidade, pois exigia concentração, disciplina e depois momentos infindáveis de reflexão quando éramos flagrados.

Mas no atual quadro de desrespeito e do “tudo pode” não há mais autoridade a ser enfrentada. O estudante encontra hoje professores desmotivados ou contaminados por ideologias políticas e por experimentalismos pedagógicos de resultados duvidosos. Por que tiraram a música do currículo escolar? Por que o esporte não é mais prioridade na boa formação e na disciplina do indivíduo?

Na busca pelo fim do autoritarismo do mestre, acabamos com a autoridade, fundamental para a vida. Na ânsia de atender os jovens em tudo, tornamos o ambiente escolar e até o ambiente familiar permissivos. Estamos ensinando aos nossos jovens que o mundo se adaptaria a ele, e não o contrário. O mestre se tornou um mero detalhe.

Os pequenos prazeres e desafios, agora facilitados, deixaram de desempenhar os encantos de antes. A juventude busca as sensações instantâneas na internet, sem fiscalização e sem lei, e nas drogas, cada vez mais adaptadas ao avanço da tecnologia. Buscam novas fronteiras, cada vez mais perigosas e mortais.

A esperança é que os ensinamentos deixados pela Pandemia do COVID-19, uma tragédia civilizatória que balizou toda a humanidade e nos fez entender o quanto somos frágeis, deixe, de fato, alguns ensinamentos. Precisamos voltar a valorizar as pequenas coisas da vida. É preciso que a FAMÍLIA, o ESTADO e as demais instituições reassumam sua autoridade. Os pais precisam entender que a obrigação de EDUCAR está na família e de ENSINAR na escola.

E lembre-se: autoridade nunca foi e nunca será autoritarismo. Autoridade é amor!

*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista

ACREDITA? Em 2021, GDF iniciou ou entregou uma obra a cada oito horas.

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Com investimento superior a R$ 650 milhões, mais de 112 intervenções foram iniciadas ou entregues entre janeiro e maio

Se tem uma agenda que a pandemia não afetou os trabalhos do Governo do Distrito Federal (GDF) é a de obras. Neste ano, pelo menos uma obra foi iniciada ou concluída a cada oito horas trabalhadas. São construções que vão desde parquinhos, calçadas e quadras poliesportivas até a entrega de hospitais de campanha, escolas, pontes e viadutos. Juntas, as 112 obras representam um investimento de R$ 650 milhões. Muitas delas foram tiradas da gaveta do esquecimento após 20, 30 ou 50 anos.

Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília
O Complexo Viário Governador Roriz, uma das maiores obras do gênero na história do DF, foi inaugurado em maio, com aporte de R$ 220 milhões | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

“A nossa preocupação sempre foi manter a cidade funcionando, mesmo durante os desafios que a pandemia impôs a todos. Criar empregos e oportunidades é mostrar à sociedade que é preciso preparar o futuro”Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal

Em janeiro, por exemplo, o GDF entregou o hospital de campanha de Ceilândia ao lado da UPA da cidade, aumentando a oferta de leitos para tratamento de covid-19. Também iniciou a construção da Escola Classe 203 do Itapoã e concluiu a reforma do guarda-corpo do Viaduto Ayrton Senna.

No mês seguinte, mais entregas: teve asfaltamento na DF-001, escola técnica e agência do trabalhador, todos em Brazlândia. Foi também em fevereiro que o governo iniciou a reforma de mais quadras da W3 Sul, que nunca havia passado por uma reforma desse porte desde o início da cidade. A Escola Classe 01 Porto Rico, em Santa Maria, foi devolvida completamente reformada após seis anos de espera.

“A nossa preocupação sempre foi manter a cidade funcionando, mesmo durante os desafios que a pandemia impôs a todos. Criar empregos e oportunidades é mostrar à sociedade que é preciso preparar o futuro. Foi a orientação que o GDF seguiu nesses tempos difíceis. E o GDF não parou”, diz o governador Ibaneis Rocha.

Outra conclusão de relevância foi a da Avenida W9, no Setor Noroeste, com investimento de R$ 3,3 milhões | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Em março, o GDF iniciou a obra do Viaduto do Recanto das Emas, aguardada há pelo menos uma década pelos moradores e que será entregue no primeiro semestre de 2021. Também com grande expectativa o governo iniciou a reforma da Praça do Povo, no Setor Comercial Sul. Já em abril, foram entregues 560 residências no Parque dos Ipês, em São Sebastião, ampliando a oferta de moradia para a população. Outra conclusão importante foi a da Avenida W9, no Noroeste, com investimento de R$ 3,3 milhões.

O mês de maio também foi agitado. Vários equipamentos públicos foram liberados para a população de Planaltina, como o campo sintético no Arapoanga, parques infantis e quadras poliesportivas.

Na saúde, o governo entregou três hospitais de campanha, em Ceilândia, no Gama e no Autódromo de Brasília, no Plano Piloto, totalizando 300 leitos a mais para o tratamento de covid-19. Foi também neste mês que o governo inaugurou o Complexo Viário Governador Roriz, uma das maiores obras viárias da história do DF com aporte de R$ 220 milhões para viabilizar 23 viadutos e quatro pontes, beneficiando mais de 500 mil moradores.

“Aqui no DF fizemos questão de não viver só a agenda da pandemia. Criamos três agendas importantes: a da saúde, cuidando das pessoas; da infraestrutura, com obras; e a terceira pauta, que é a social. Nós não deixamos faltar comida para as pessoas nesse período”.

Com informações: Agência Brasília

Administração do Plano Piloto e Detran/DF se reúnem para alinhar demandas da RA-PP

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A Administradora Regional do Plano Piloto, Ilka Teodoro, se reuniu na tarde desta quarta-feira, 9/6, com o Diretor-Geral do Detran, Zélio Maia, e com o Diretor-Geral Adjunto, Gustavo Amaral para alinhar as demandas da população do Plano Piloto.

Melhoria do fluxo de trânsito na W9 do Noroeste, regularização de quebra-molas em vários pontos da cidade, sinalizações horizontais de estacionamentos das quadras do Plano Piloto e questões referentes às faixas de pedestre como instalação, limpeza e iluminação foram algumas demandas tratadas na reunião.

Para a solução do fluxo de veículos na W9 do Noroeste está sendo analisada a implementação de sinalização semafórica na região, atendendo grande parte das reclamações de quem transita pelo local. Sobre quebra-molas e faixas de pedestres, o Diretor-Geral do Detran, Zélio Maia, informou que será lançado em breve um projeto de pequenas obras que abrangerá essas duas questões que envolvem engenharia de trânsito.

Sobre as sinalizações horizontais nos estacionamentos das quadras do Plano Piloto, o Diretor-Geral Adjunto, Gustavo Amaral, esclareceu que apesar de serem de manutenção responsável pelo Detran, a comunidade pode sim revitalizar, desde que dentro do padrão normativo. Basta entrar em contato com o Detran para mais informações e orientações.

O Detran informou ainda que neste ano haverá lavagem de todas as faixas de pedestres e que o projeto de iluminação especial para as faixas está na CEB para elaboração orçamentária. Zélio Maia declarou que após o encaminhamento do orçamento, a iluminação sairá do papel.

Para a Administradora Ilka Teodoro a reunião foi muito importante para viabilizar soluções para as questões solicitadas pela população do Plano Piloto. “A reunião com o Detran foi uma excelente oportunidade para alinhar as demandas. O Dr. Zélio Maia tem uma incrível objetividade e já saímos da reunião com soluções viáveis para as questões levadas pela Administração Regional”, disse.

Texto: Gabriel Ferraz sob supervisão de Ramíla Moura/ASCOM/RA-PP
Fotos: Xocolate Magalhães/ ASCOM/RA-PP

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