Drauzio Varela e Globo são condenados a pagar R$ 150 mil a pai de menino assassinado
Foram condenados por danos morais após a entrevista com Suzy Oliveira exibida pelo “Fantástico” em março de 2020.
Suzy foi condenada pelo homicídio de uma criança de nove anos. A ação contra a emissora e o entrevistador foi movida pelo pai do menino.
A decisão judicial em primeira instância foi assinada pela juíza Regina de Oliveira Marques, do Tribunal de Justiça de São Paulo. O processo aponta que o pai da criança “sofreu novo abalo psicológico ao reviver os fatos” após ser procurado pela imprensa para voltar a falar sobre o tema.
Por todo o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido inicial para condenar solidariamente os requeridos ao pagamento ao autor de indenização por danos morais no importe de R$ 150.000,00 devidamente corrigido e acrescido de juros de 1% ao mês, ambos desde a data da sentença até o efetivo pagamento.
Na ação, o autor da ação diz que, após a transmissão da matéria, Suzy recebeu “piedade social”, enquanto que ele sofreu novo abalo psicológico por reviver os fatos.
A juíza entendeu que a reportagem foi negligente, ao não ter tido o “discernimento de procurar conhecer os crimes cometidos por seus entrevistados”, e que o conteúdo causou “desassossego do autor e situação aflitiva com implicação psíquica”.
“Qualquer expectador foi induzido erroneamente a acreditar que os entrevistados seriam meras vítimas sociais, devendo ser ressaltado que, mesmo se tratando os entrevistados de autores de crimes contra o patrimônio e sua sexualidade, não implicaria em serem assim tratados, já que perniciosos à sociedade como um todo”, postulou a juíza.
O departamento de comunicação da TV Globo afirmou que a emissora não se manifesta sobre casos em julgamento.
O assunto repercutiu nas redes sociais na semana posterior ao programa, após o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) divulgar documentos judiciais que apontam que Suzy foi condenada pelo homicídio da criança.
Em março de 2020, Drauzio Varella divulgou uma nota em suas redes sociais onde afirma “ser médico e não juiz” ao responder às críticas motivadas pelo abraço em Suzy Oliveira durante a reportagem.
Por: Junim 10B