Em Ceilândia, encontro entre governo e organizações da sociedade civil ajuda a alinhar o encaminhamento das demandas da comunidade
Quinze organizações da sociedade civil foram convidadas para um encontro com a rede socioassistencial de Ceilândia, na manhã desta segunda-feira (27). Realizada no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Ceilândia Sul, a reunião teve o objetivo de alinhar as demandas pelos serviços e o adequado encaminhamento de solicitações dos moradores da região.
Uma das organizadoras do evento, a gerente do Centro de Cras Ceilândia Norte, Morgana Ferreira do Espírito Santo, avalia que o encontro serviu para explicar como ocorre o trabalho nas unidades socioassistenciais, como agendamento de atendimentos, preenchimento do Cadastro Único e solicitação de benefícios.
“São essas entidades que estão mais próximas ao público, que acaba sendo o mesmo que o nosso”, analisa a gestora. “Vamos aproveitar essa proximidade para que essas organizações sirvam de multiplicadoras das nossas informações nos territórios.”
Escuta qualificada
Para a assistente social Rosália da Costa Barbosa, uma das responsáveis pelo Instituto Meninos do Pôr do Sol, que atende cerca de 800 famílias, é fundamental esse estreitamento de laços entre o poder público e o terceiro setor. “Muitas vezes, as pessoas chegam a nós sem nem sequer saber o que querem”, pontua. “Nós é que precisamos ter uma escuta qualificada capaz de entender cada situação. Em posse dessas informações debatidas acerca da atuação da rede pública socioassistencial, vamos poder direcionar cada vez melhor o trabalho com esse cidadão.”
O bate-papo contou ainda com a participação de representantes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Ceilândia e das quatro unidades do Cras da região. Morgana situa o papel de cada centro: “Enquanto o primeiro atua no rompimento de vínculos, enfrentamento de violências familiares e restauração de direitos, entre outros, o segundo é a porta de entrada da Política de Assistência Social, é aonde o cidadão vai primeiramente”.
Representante do Conselho de Assistência Social do DF (CAS), Cláudia Viana lembrou o papel consultivo e deliberativo da entidade e falou sobre a importância de essas organizações da sociedade civil (OSCs) serem cadastradas.
“Por meio dessa regularização, elas podem, inclusive, prestar serviços para o Estado e ser reconhecidas como socioassistenciais”, explicou. “A assistência social é feita pelo poder público, mas também pelas instituições parceiras e pela sociedade civil como um todo.”
*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
FONTE: AGENCIA BRASILIA.