Cerca de 100 pessoas frequentam semanalmente o espaço criado por ONG.

Cerca de 100 pessoas frequentam semanalmente o espaço criado por ONG. Atividades ensinam pessoas com deficiência desde técnicas de plantio e colheita à melhor época para cultivar cada alimento

Após exatos 42 dias a terra devolveu, em forma de alimento, todo o cuidado que recebeu durante esse período. Alface, cebolinha, rúcula e agrião, entre outras verduras. O que eram mudas se transformaram em 200 pés orgânicos vistosos e, certamente, saborosos. Neste sábado (16), ocorreu a primeira colheita na Horta Comunitária Acessível da EQS 102/103 Sul, do Plano Piloto.

Os seis canteiros adaptados somando 50 metros de plantio foram instalados na área aberta do Instituto Reciclando o Futuro. A organização não governamental iniciou o projeto com os objetivos de integrar e ensinar pessoas com deficiência, comunidade local e interessados a plantar, cultivar e colher essas hortaliças. “Contamos com o apoio de voluntários especialistas nessa área e o resultado deu muito certo. A comunidade abraçou a ideia e viramos um ponto de encontro comunitário”, comemora a fundadora da instituição, Renata d’Aguiar. “Agora, vamos em busca de apoio e recursos para levarmos esse projeto ao máximo de regiões do Distrito Federal”, projeta.

Participante da ação, a técnica em laboratório Simone Pinheiro, de 57 anos, é vizinha do instituto e, fez questão de estar na primeira colheita. “Eu moro em um apartamento e esse lugar passou a ser o quintal da minha casa. Minha filha está aqui todos os dias. Conhecemos pessoas que moravam aqui há anos, mas não tínhamos contato algum. Agora são nossos amigos”, explica a mineira, que chegou ao DF na década de 1970. “Além disso, estamos levando produtos saudáveis para casa. A gente planta, a gente colhe e a gente come. É amor em em forma de saúde”, resume.

Idealizadora da horta, a engenheira Simone Vaz Holanda, diz que o projeto visa ocupar espaços. “Temos jovens, idosos, pessoas com deficiência, cachorros, gatos e tudo mais. É um espaço democrático e pensado para todos”, define a especialista, ao lembrar que ações como essa servem até para combate à criminalidade. “Estamos dando uma finalidade a um local que, anteriormente, era escuros e sem vida. Hoje é verde e vivo. É só chegar”, afirma e convida.

A pedagoga Telva Lima, de 54 anos, participou do lançamento do projeto. Cadeirante devido a uma paralisia infantil, ela faz uma ponderação importante: “Esse trabalho é muito importante, principalmente para crianças com deficiência, pois estimula totalmente o processo evolutivo e formativo desse cidadão”, argumenta a educadora.

Instrutor na Horta Comunitária Acessível, o técnico Agrícola Valdemar Faustino, descreve com orgulho o trabalho realizado. “Há mais de um mês atrás era só terra revirada. Hoje é comida saudável e de qualidade na mesa das pessoas”, se emociona.

Horta Comunitária Acessível
Instituto Reciclando o Futuro
EQS 102/103 Sul – Plano Piloto
De segunda a sexta-feira, de 9 às 17 horas
Mais informações: @simonevazholanda

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