A 1° Bancada LGBTQIA+ do Brasil já mira eleições de 2024.

Parlamentares brasileiros, de diferentes partidos e estados com mandatos municipais, estaduais e federais se uniram para formar a 1° Bancada LGBTQIA+ do Brasil. A iniciativa vai unir forças e pressionar o governo brasileiro a pautar projetos em defesa da comunidade.

Ao todo, 20 parlamentares vão compor a bancada, e a criação aconteceu durante o VI Encontro de Lideranças Políticas LGBT das Américas e do Caribe, na Cidade do México.

Além dos parlamentares, o projeto conta com o apoio da ONG VoteLGBT, organização que atua desde 2014 na luta para aumentar a representatividade LGBTQIA+ nos espaços.

Histórico

A 1° bancada LGBTQIA+ do Brasil reúne nomes de peso como as deputadas federais Erika Hilton (Psol), Duda Salabert (PDT) e a deputada estadual por Sergipe Linda Rosa (PSOL).

Formada por mais de 23 políticos, integrantes do governo e de organizações sociais, a comitiva brasileira que estava presente no evento, reforçou que o Brasil precisa de uma política efetiva no combate à violência política contra candidatos LGBT+.

A Bancada pretende combater o avanço da extrema-direita e o projeto anti-LGBT no país.

Determinações

A bancada elencou as prioridades, veja a seguir:

  • Combater sistemático aos ataques a direitos LGBT+
  • Construir uma agenda articulada e propositiva
  • Compartilhar experiências de gestão e apoio a novas mandatárias LGBT+
  • Fortalecer os mandatos LGBT+ que se encontram isolados.

Os olhos também já estão voltados para a disputa eleitoral de 2024.

Em conjunto, a bancada divulgou o trabalho que pretende ser feito: “[Atuar em frentes que representem] uma grande ameaça às candidaturas LGBT+, especialmente a mulheres e pessoas negras e trans”.

Carta

No encontro surgiu a primeira iniciativa da Bancada, a criação de uma carta conjunta das mandatárias.

Com o lema “Sem diversidade, não há democracia”, a carta é endereçada à nação e destaca pontos como o avanço da representação LGBTQIA+ na política brasileira; o crescimento da extrema direita no país e sugere uma maior atuação federal para o enfrentamento do preconceito na política.

”Os governos passados deixaram para o Brasil um legado de violência, fome, ausência de moradia e trabalho. A garantia de condições de vida digna para as pessoas LGBT+ caminham juntas com as lutas pela reconstrução de um país socialmente justo”, destacaram na carta.

O documento também fomenta a criação de Frentes Parlamentares LGBT+ nas diversas casas legislativas e fortalece os mandatos já em exercício.

Ataques

Evorah Cardoso, coordenadora de pesquisa e incidência da ONG VoteLGBT, pontuou que a violência política LGBTfóbica não acontece apenas na extrema-direita, estando também presente em partidos de esquerda.

Segundo a ONG, 62 casos de ataques LGBTfóbicos, racistas, misóginos e de inteligência política foram relatados pelas próprias candidaturas LGBT+ nas redes sociais.

Evorah também recebeu denúncias de subfinanciamento e invisibilidade em partidos de esquerda.

Próximo encontro

O próximo Encontro de Lideranças Políticas LGBT das Américas e do Caribe vai ser realizado em 2025 e acontece no Brasil.

A secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, participou da edição deste ano e anunciou o apoio do governo federal na organização da agenda para 2025.

Veja o anúncio oficial da criação da bancada:

 

Fonte: Só notícia boa

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